Somos o que somos e não importa o que querem que sejamos


- A professora pergunta para a garota: de que você gosta? Ela responde: Gosto de português e história. E em seguida se vira para o aluno. E você? No que ele responde, espontaneamente: gosto de beijar garotos e garotas. Imaginou? O que aconteceria a seguir? Muito provavelmente, este aluno seria colocado para fora de sala, sem contar as gozações dos colegas depois de uma resposta como essa. Mas afinal, o que tem de errado e qual é a piada em se gostar de pessoas do mesmo sexo que você?


- Sempre aprendido na escola que garotos devem sempre gostar de garotas, e vice-versa, nunca se preocupam com a educação sexual que possivelmente ele tenha recebido em casa. Como por exemplo ser criado por dois pais, ou até mesmo duas mães. Nunca importa isso na escola, pois o certo é apenas "gostar" de pessoas do sexo oposto. E é "coisa do demônio" a homossexualidade.

- Mais uma vez, e como sempre, o erro está em querer padronizar seres humanos, seres tão complexos. Tomar decisões é um ato que, por essência, desagradará alguns e agradará os outros. O que dizer quando não se está decidindo, apenas obedecendo os sentimentos? Quem se acha no direito de padronizar os sentimentos dos outros deveria sofrer a tão antiga pena de talião. Gosta de fazer sexo com animais? Não? Ótimo. Por favor, você é obrigado a satisfazer aquela vaca, pode começar.


- Tomar as decisões pelos outros é fácil. Falar o que é certo é fácil. Mas o que seria certo? Seguir o que os outros padronizam como sendo o certo, ou seguir o que o seu coração manda fazer? Ter a absoluta certeza que nada importa sem ser o seu desejo é o mais correto que podemos dizer. Não podemos forçar os outros a fazerem o que nós queremos, assim como não queremos que eles forcem para que nós façamos o que eles querem. Como se sentiria um homossexual ao dizerem para ele que ele deveria parar de beijar e transar com os garotos que ele já pegou ou continua pegando e que a partir daquele momento ele deveria começar a pegar garotas, algo que ele sente completo nojo. Deveríamos respeitar a decisão dos outros, não importando se achamos certo ou errado. O certo é aquilo que queremos e acreditamos. O errado, o exato oposto.

- Na realidade, esta é uma discussão sem fundamento. Uma pessoa não é capaz de decidir por outra. Ninguém decide por quem se apaixona e isso não tem discussão. As coisas seriam mais fáceis se simplesmente as pessoas parassem com a péssima mania de tomar conta da vida das outras. Todos já têm problemas suficientes para quererem se envolver com os problemas alheios. Qual argumento seria forte o suficiente para convencer alguém a gostar do que não gosta? Nenhum. Já disseram por aí que há coisas que se assemelham ao gosto, e que "cada um tem o seu".


- E sempre tem alguém que vem e diz o que VOCÊ quer, o que VOCÊ sente, e ela não deixa nem você pensar no que realmente quer ou sente. Não tem fundamento uma coisa dessa. Não tem como e nem por quê forçar uma pessoa a gostar do que não gosta. Mesmo porque é humanamente impossível. Cada um é cada um e se este cada um está querendo realmente gostar de alguém do mesmo sexo. O que deveríamos perguntar era: "Você é feliz? Sim? Então continue sendo" isso sim é o que importa. A felicidade da pessoa. E não a sua sexualidade.


( Felipe Marquezelli & Álvaro Dyogo )

2 Comments:

gabriela barbosa disse...

Verdade.

Larissa Alves disse...

Rsrs gostei do texto :)

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