Quando eu te ver.

Eu realmente não sei se isso é o certo. Nada na vida tem um sentido. Um rumo. Nem os meus pensamentos. Sempre tão organizados. Depois que te conheci. Tudo foi. Aos poucos. Desmoronando.
Sínceramente. Não sei como me portarei quando eu te ver. Não sei se isso é o certo a se fazer. Tão pocuo se é certo eu não fazer. Não seria certo com o meu coração. Mas e com você? Será que eu deveria te ver? Causar-lhe mais dor? Mais sofrimento?
Eu não sei como reagir. Não sei o que fazer.
Queria poder te ver. Te tocar.
Mas o que eu sei é que quando eu te ver, meu coração poderá acelerar de emoção. Ou até mesmo parar.
Meus olhos poderam secar. Mas sei que vou chorar.
Meus braços. Pedras maciças. Se mexerão ao seu encontro.
Minha boca. Cerrada. Fechada há mais de quinze anos. Poderá se abrir, enfim, num sorriso.
Você me faz tão bem. Porém eu só te faço mal.
Quando eu te ver, saberei que minha vida fará sentido.

Quem eu sou ?


Sou uma sombra num mundo de luzes. Algo pequeno e insignificante. Que ama ser odiado. E odeia ser amado. Uma sombra pequena, ou até mesmo, minúscula, perto das sombras que perto de mim vivem. Inexpressivo. Sem reação. Sem movimento. Sem poder. Sem sentimento. Sem força. Sem vontade.
Sou uma sombra que só chamaa atenção pelos seus olhos. Verdes. Intensos.
Não sou bonito. E nem feio. Não sou baixo. Tão pouco sou alto. Não sou gordo. E nem chego perto de ser magro.
O que sou?
Uma sombra disforme, num mar de sombras concretas.
Num oceano de mágoas. Num barco sem rumo. Um mundo sem chao.
Por que sobreviver a algo tão fortemente guardado. Trancado?
Para que continuar a vagar. Como uma sombra. Sem rumo. Sem destino. Sem caminho?
Continuo a ser uma sombra. Mesmo que a luz incida sobre mim. Jamais irei desaparecer.
Fiz marcas com um lápis pelo caminho que passei. Que nem mesmo uma borracha poderia apagar.

Vida Solitária

Sozinho eu estou
Minha sombra
me abandonou
Até o meu amor
me deixou.

Sofro por sozinho
estar. Num riacho
Ao som do moinho
passar. Seguir
solitário, o meu caminho.

Me enganei ao pensar
que viver sozinho
iria melhorar.
Eu quero um amor solitário.
Alguem para eu amar.

Gol anulado

Eu já sabia. Desde o começo. Não sei o por que de ainda haver esperança. Acho que é pelo fato deu ser trouxa. Verdade seja dita, eu sou um verdadeiro otário. Pelo menos eu me fazia parecer um.
A esperança é a ultima que morre. Mas a esperança eu tinha, de uma coisa que eu saberia que não ia acontecer. E que possivelmente eu também não queria? Eu não me fazia de otário. Realmente eu era um.
Acho que eu até que merecia isso. Nunca fui de ser de um único objetivo. Uma única meta. Uma única caçada. Pensando melhor, eu não merecia não.
Mas o fato é que, mais uma vez, eu estava em impedimento. Marquei o gol, porém ele foi anulado, mas o campeonato já havia passado. Eu havia sido campeão. Mas o gol do título havia sido anulado.
Tomei cartão vermelho. Meu gol estava em impedimento. Meu time já nem estava mais em campo. Mas o mundo da bola dá voltas. E essa competição, da próxima vez, serei eu que vou impedí-la, e não mais o contrário.

Meu pequeno Zoológico particular!


Vaca! Cachorra! Galinha!
Seu lugar é na cozinha.
Cervo e Veado,
O primeiro tem chifre, o segundo
Já tá assado.

Muitas gatas!
Mas não andam
em 4 Patas.
Elas cantam,
e são cantadas.

Um pequeno Zoológico
Que chamo de particular!
Ele não é apenas meu, lógico
Mas é de arrasar.

Conto com um Castor,
E um veado, seu nome
Não é Adamastor!
Não se passa fome,
Nesse Zoo espetacular.
É um coisa de assustar!

Amigos animais,
Todos bípedes
Quase todos legais...


Felipe Marquezelli

Sorriso


A melhor cura para dor
É mesmo sorrir.
Não sei como o expor.
Mas sei como, com ele mentir.

Um sorriso pode guiar,
Por um caminho escuro.
Com um sorriso você pode amar.

Mas como sorrir?
É possível, com
um sorriso mentir?
Isso não é bom!

A dura verdade
Como viver,
Nessa falsidade?

O meu Pequeno Jardin


Belo campo de flores
Chamo-o de meu jardim.
Vejo todas suas cores.
Assim como a de um carmin.
Sinto todos os odores.
Pois assim é o meu jardim.

Cheio com belas flores.
Chamo-o de meu jardin.
Com inúmeras cores.
Ele é meu assim.
Os mais belos odores,
Eu sinto nesse meu jardim.

Pequeno, ele pode ser.
Mesmo assim,
Eu devo saber.
Que ele sempre será, o meu jardim.

Felipe Marquezelli

Algo belo que fere. Algo belo que mata.

Uma rosa pode nos ferir.
Uma rosa pode nos alegrar.
Uma grande diferença, entre as rosas.
Uma bela, vermelha viva, igual o sangue que por ela vai escorrer.
Ou uma branca acinzentada, igual as pedras e obstáculos de nosso caminho.
A verdade é que entre elas, sempre haverá uma grande e difícil escolha.
Enquanto uma nos fere. A outra nos mata.
Nossas escolhas serão sempre assim. Não há dúvidas. Por mais belas que nos pareção, sempre serão dolorosas por final. Sempre com espinhos. Ou até mesmo uma faca por de trás dessas ações.
A morte dolorosa. Impiedosa.
A verdade, nua e crua, é que, por mais que sejam lindas, perfeitas, as tais rosas elas sempre nos machucarão. Seja por estar imóvel igual a uma rocha, ou por possuir um doloroso espinho.

Solidão

Viver sozinho. Querer estar sozinho. Não há escolha. Solidão, a chave de tudo. O começo e o fim. O problema e a solução.
O começo do meu fim. O fim do meu começo.A solução do meu problema. O problema que para mim não há mais solução.
Fato é que, na vida, tudo acabará assim. Ou você termina sozinho, ou você não termina.
Num banco sozinho. Numa noite escura. Apenas a lua como companhia.
Sem fim. Sem começo. Ela é o fim. E também o começo.
A luz do fim do túnel. O caminho mais longo desse túnel.

Quem me dera...

... Ser o seu par.
Para junto contigo viver ser medo de amar.


... A ti pertencer.
Para além das estrelas, eu poder viver.


... Viver ao seu lado.
Para jamais perder um jogo de dado.

...
Com você partir.
Para num mundo de sonhos eu construir.


...
Estrelar com você um romance.
Assim tudo que eu quisesse, estaria ao meu alcance.

Se eu fosse um personagem de um livro


Se eu fosse de um livro, creio que seria de algum romance, ou eu seria um baita herói, ou um tremendo de um vilão. Poderia ser um humano, como um deus. Uma presa, ou até mesmo o predador. Seria um Vampiro, ou um Lobisomen.
As possibilidades são enormes. Poderia pertencer a um livro de ficção, a um livro científico, a algum auto, ser um personagem, ser uma pedra. Ser uma árvore, ou até mesmo um simples lago.
No livro podemos ser qualquer coisa, podemos voar, podemos ler mentes, podemos controlar os elementos da natureza. No livro se pode crescer, se pode envelhecer, mas você sempre será imortal.
Queria eu ser um personagem de algum livro. Jamais seria igual. Podendo mudar o rumo de uma história, ou apenas fazer parte dela.
Fazer parte de um livro de terror do Stephen King, ou algum livro de Sherlock Holmes do Arthur Doyle, estar num livro da Joanne Rowling, presenciar a treva branca de José Saramago. Viver num dos livros de Walt Disney.
As hipóteses são ínumeras, queria eu escolher apenas uma delas.

Se agora eu morresse...

Se agora eu morresse. Simplismente morreria, não é mesmo?
Por outro lado, se houvesse chegado a minha hora de partir, levaria comigo experiências maravilhosas, amigos verdadeiros, um romance mal começado e um sonho.
Experiências que eu adorei compartilhar com meus verdadeiros amigos, cujos quais eu não saberia viver, e sinceramente, poucos se encaixam aqui nesse quesito.
Experiências que eu ainda não tive, porém adoraria ter, como a experiência sexual. Claro, eu não posso pensar em morrer antes de transar, mas...
Caso eu morresse, eu é claro, de lá do do céu guiaria o caminho de meu verdadeiro amor, Iluminaria seus passos, e sem dúvida, voltaria a Terra, apenas para poder falar com ela uma última vez, antes de partir para sempre.
Caso eu morresse, eu estaria morto, mas já que não estou, e isso é apenas uma hipotése, eu pela primeira vez, ficaria triste em conceber a morte.