Por aquela porta


Depois de muito tempo eu cheguei a perceber o quão difícil poderia ser amar sem ser amado. Mentira. Eu não precisei de muito tempo, meu primeiro amor não foi correspondido, muito menos o segundo, quem diria que o meu terceiro também não fosse? O quarto? Apenas mais uma ilusão! O quinto, nem cheguei a concretizar, por mais que eu dissesse que a amasse. No meu sexto amor eu encontrei o que tanto procurava, pena que ela não encontrou em mim o que ela buscava. E foram assim meus amores, todos vividos, porém nenhum deles correspondido.


Era para neste ilustre amor que hoje eu poderia viver e encontrar a felicidade, e pude até tê-la encontrado, mas eu fui egoísta e não amei quem me amou na época certa, e mesmo depois de pensar em concertar meu erro eu percebi que era tarde, tanto para mim amá-la quanto foi para ela ter me esquecido.

Se no fundo eu soubesse que cada amor que eu já tive tivesse me dito o quão estúpido eu estava sendo, talvez eu não tivesse sido estúpido em perder o amor de vista, hoje poderia estar sendo feliz, e não é apenas algo que eu busque para mim, e sim para aquela pessoa que eu amo. Se é que posso dizer que amo alguém verdadeiramente, depois de tantos e tantos tombos.

Amo e não nego, pena que meu amor é tão forte quanto um castelo de areia, quanto um balão é pesado ou como um garoto pode sonhar acordado. Diria até que meu amor foi-se com o tempo, e hoje sei que o tempo que levou ele não o trará de volta, por mais que eu peça, o tempo me castigou, por ter sido idiota a ponto de não ter visto o amor bater em minha porta, eu ter aberto a porta e quem tenha entrado foi apenas mais uma ilusão!

( Felipe Marquezelli )

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