Transformar o mundo em meu mundo quadrado


Aprendi a duras penas que não importa o que eu queira, o que eu faça , sempre me decepcionarei. Vivi na amargura, na infelicidade, mas de repente muita coisa mudou. Mudou por um simples gesto, uma simples escrita me fez cair do meu "salto-alto" e ver que o mundo não era do jeito que eu queria que ele fosse. O mundo não era mais meu mundo quadrado.


Sei que não é certo pensar no mundo como meu, e ele definitivamente não é, mas talvez, apenas talvez, um dia eu possa dizer que eu fiz tudo aquilo que eu queria, ri, sorri, pulei, gritei, não importava o que eu quisesse fazer, apenas queria fazê-lo.

De cima a baixo eu vaguei por minha mente, pulsei por entre as veias de meu próprio coração, encontrei-me frente a frente comigo mesmo e pude perceber o quão errado eu estava em depositar confiança cedo de mais em algo que ainda tinha que crescer. Decidi então por tomar uma decisão que jamais antes tivera que tomar...

O mundo que eu decidi deixar em branco tomou a forma do meu mundo quadrado, ele agora além de branco é quadrado, vou fazer do mundo a minha festa, do meu jeito, não importa quantas cores e quantos formatos eu tenha que fazê-lo passar, o mundo é meu, a festa é minha, e assim deverá ser.
( Felipe Marquezelli )

Eu não sou aquela garota

Era de manhã, eu estava chorando muito, estava ao som de “I’m not that girl” do musical “Wicked”. Identifiquei-me com essa música. Não sei muito bem por onde começar. Talvez pelo começo.

Meu nome é Beatriz Fontes, tenho cabelos castanho-amarelados, olhos cor de mel, minha pele não é muito clara, mas sou clara. Tenho 16 anos, e estava namorando até ontem. O meu ex se chama Ryan Celetraux, é um pouco mais alto do que eu, tem cabelos escuros, olhos claros, um verdadeiro príncipe, tirando suas atitudes.

Acabei namorando com ele por pouco mais de seis meses, eu estava apaixonada verdadeiramente por ele, mas ele me trocou, por uma tal de Sandrinha. Ela é loira (oxigenada, é claro), bunduda, peituda, coxuda, tudo que você conseguir imaginar que termine com uda (defeitos também).

Chorei a noite inteira, borrei minha maquiagem na escola quando o vi abraçado com ela, beijando ela, entrei em desespero, eu amo aquele garoto. Ele me traiu na frente da escola inteira, mas ainda o amo. Tudo bem eu sou uma trouxa. Idiota. Sim eu sei, mas eu o amo, o que posso fazer?

Eu não sou aquela garota, mas o que ela tem que eu não tenho? Quando vou para o shopping com as minhas amigas, sou cantada por vários garotos,, podia ter traído ele inúmeras vezes e nunca o fiz, sou uma garota inteligente (minhas notas dizem isso, não sou eu quem digo) e ela é só uma vaca que dá para qualquer garoto que vier e falar que quer transar com ela.

Meu mundo desabou, tive que sair da escola mais cedo por que não conseguia prestar atenção na aula e nem ficar cinco minutos sem chorar. Cheguei em casa sozinha, deitei na cama, liguei nas minhas musicas tristes, e fiquei chorando e comendo chocolate o resto do dia. Meu rosto está inchado, parece um balão.

Ainda não acredito que fui trocada por uma vaca qualquer. Fui corneada na frente da escola inteira, quer coisa pior? Sim há coisa pior, quando deu umas 16horas ele me ligou e falou que tava tudo terminado (como se eu já não tivesse percebido isso antes), que ele não queria mais nada comigo e que assim seria melhor.

Quando minha mãe chegou em casa depois do jantar, contei pra ela tudo que tinha acontecido, ela me consolou e disse que homem nunca prestou e que todos são iguais, estou começando a acreditar nela. E para coroar a minha noite perfeita, meu gato de estimação foi atropelado pelo meu pai quando ele estava chegando em casa, ele não teve culpa, mas agora meu mundo não podia ficar mais triste.

( Felipe Marquezelli )

Mudanças

Thiago Alves estava saindo de casa, o sol estava nascendo, o céu estava limpo, sem nenhuma nuvem. O sorriso do garoto, que outrora não existia, hoje estava evidente. Seu cabelo preto, assim como o céu da noite, encoberto pelo boné, os olhos acinzentados escondidos por causa do óculos escuro. As feições do garoto demonstravam felicidade, mesmo depois de tanto tempo de sofrimento, de ter perdido os pais, de estar morando sozinho, sem ninguém, com apenas 16 anos, tendo que encarar aquela barra, ele estava feliz.

Havia encontrado em Talita a companhia ideal. Estavam junto a pouco mais de um mês, porém só se viam nos fins de semana, pois ele havia começado a trabalhar na empresa que agora também era dele. Ele ficava exausto todo final de noite, pois estudar a tarde, trabalhar a tarde e a noite terminar os deveres e trabalhos da escola.

Conforme Thiago caminhava ele ia percebendo o quão diferente ele mesmo se tornara aos longos dos dias, pensou nas coisas que fez, e percebeu que ele era de verdade, quem ele sempre quis ser, alegre, extrovertido, amigo, leal e companheiro. Seus olhos por de trás dos óculos brilharam ao ver de longe a menina que ele tanto amava, caminhando graciosamente, seu corpo escultural, cabelos tão loiros quanto os seus eram escuros, a boca rosada com um batom suave, o uniforme do colégio, verde e branco, lhe caia muito bem.

Thiago se aproximou de Talita, colocou suas mãos sobre sua cintura, virou-a para si e a beijou, um beijo caloroso, ardente, único, como só ele sabia dar nela.

( Felipe Marquezelli )

I'm a geek... No! I'm a Gleek!


Acho que nunca me identifiquei tanto com tantas personagens juntas, nunca tive algo tão envolvente com nenhuma outra série (excluo Harry Potter). Não sei por onde começar, mas sei que é algo muito bom. Som um geek, um perdedor, mas sou um verdadeiro Gleek!

Finn o estereótipo perfeito do atleta-bobão. Não há ninguém como ele, um verdadeiro idiota. Sim eu me identifico com ele, sou um Gleek.

Artie, cadeirante, poético, ama e não é correspondido. Somos muitos assim, não digo cadeirante, mas se bem que todos eles sofrem, mas também sou um Gleek, como ele.

Mercedes, gorda, negra, sofredora de preconceito, odiado, mas de enorme talento. Ela é uma Gleek, gostaria de ter metade de seu talento, já que não tenho, me sou um Gleek.

Kurt, gaydacu,um ótimo dançarino, gostaria de tê-lo como amigo, mas é um legítimo Gleek... Não sou gay, mas sofro igual a ele, também sou Gleek.

Sue Sylvester, não é não é Gleek, muito menos geek, ela é rox, ela ruleia. Ela é Sue, e eu pretendo ser como ela. Quero ser Sylvester.

Somos todos iguais, somos todos Gleeks.

( Felipe Marquezelli )

Somos e somos mesmo!

As mulheres reclamam que nunca pensamos nos sentimentos dela, mas se pensarmos bem, elas nunca pensam nos nossos. Somos feitos de palhaços e idiotas, não importa o quanto nos declaremos, somos feitos de objeto.

Tenho que defender o que somos, e nós, homens, somos maltratados por essas mulheres de corações levianos que se intitulam nossas amigas, que falam que querem nos ajudar e pisam em nós. São piranhas essas que estou me referindo.

Somos galinhas, e somos mesmo, e só somos por que sofremos nas mãos dessas ai. Somos o que somos por culpa delas, se as fazemos sofrer é por que merecem, elas tem que se foder, MESMO! E só somos assim por que elas nos fizeram ser assim, sofremos e temos o dever de retrucar, é questão de honra.

Somos assim e não vamos mudar, não adianta procurar o príncipe perfeito, por que não existe, homens são todos iguais e não mudamos, queremos ser assim por que elas nos fizeram ser assim, a verdade é que as mulheres criaram o que elas mais temem, o jeito masculino.

"Quanto mais pisamos, mais elas correm atrás."

( Felipe Marquezelli e Agnaldo Sadiró )

Estilos

O mundo é feito de vários estilos, temos os emos, os funkeiros, os góticos, os punks, os skinheads, os plays, as patys, e agora mais do que nunca temos os alternativos.

Vejo então várias pessoas se definindo como um todo em cada seu conjunto, porém há pessoas que fogem de seus estilos e procuram se refugiar em outros e isso acaba com a pessoa , já vi "muleki-zika" virar alternativo, e garanto, não foi nada legal. Já vi play, usar palestino, não combinou.

Para que fugir de seus mundos e passar a vergonha perante os outros que nunca vão lhe dizer que você é CAPENGA e vão falar por trás?

Eu me defino como indefinido. Posso muito bem usar qualquer coisa que eu quiser, montar um estilo novo, e garanto que irei sair bem sucedido, pois posso usar roupas "needcolors" como minhas roupas "neutras", o bom e velho All Star, ou o meu belo NikeSB. Tenho vários jeitos de me vestir, e então me caracterizo por indefinido, pois sou muito mais afirmar que não tenho a menor ideia do que sou, do que passar a vergonha de ser chamado de capenga.

( Thiago Alves )

Formação Cultural

Os povos se formaram cada um de um jeito, cada um com sua maneira. Cultivaram suas "crias" e cuidaram de suas criações. Transformaram-se de povos para povoados, de povoados para vilarejos, de vilarejos para vilas, de vilas para feudos, de feudos para "polis", de polis para metrópole, de metrópole para megalópole.

Cada um teve sua cultura, cada um teve seu jeito, c ada um pensa de uma maneira e trabalha por ela. Sua cultura é o que mais importa dentro da sociedade, pos ela determina quem você é, como você é e por que você é.

Cada lugar tem uma cultura diferente. Falar de um jeito ou de outro, agir e se vestir de jeitos distintos, tudo influencia na cultura, pois tudo é cultura.

Há dois tipos de cultura: prática e abstrata, a prática é a nossa evolução, o nosso desenvolvimento, economico, tudo aquilo que podemos ver, tocar e obter resultados. A abstrata é aquilo como pensamos, é a que ocorre em nossa mente.

Existem inúmeras culturas e jeitos de trabalharmos nelas, depende de nós escolher a qual vamos seguir.

( Felipe Marquezelli )

Tudo solto


Cada palavra que eu digo parece solta, não se encaixa. Nada mais se encaixa, se nem as palavras se encaixam, por que o resto iria se encaixar? Não faz mais sentido o mundo como eu o vejo, talvez seja por que letras soltas não formam frases.

Poderia dizer qualquer palavra, mas seria como se não tivesse dito nada. Nada está se encaixando como deveria se encaixar, sinto-me incompleto, incompreendido. Sinto como se com ela ao meu lado, abraçados, tudo pode valer a pena. Palavras soltas fazem com que tudo mais fique solto.

Jamais sonhei com ela, mas acordado eu me vejo com ela, isso me deixa assustado, pois com ela tudo fica junto, tudo fica perfeito. Um abraço me basta para dizer que tudo faz sentido.

As cores ficam em seus lugares, os sentimentos voltam para dentro de mim, minha mão soa e as palavras tornam-se reais, tem seus significados verdadeiros, e um simples jogo de três palavras e sete letras fica mais complexo do que se pode imaginar.

( Felipe Marquezelli )

Paradoxo da Liberdade


Somos livres, porém estamos acorrentados. Os homens sempre nos falaram que temos o direito de fazer o que quisermos, porém são os primeiros a nos impor limites, param a nossa liberdade, restringem o nosso "eu".

Trabalhamos pela nossa liberdade, porém nunca a alcançamos, pois ser livre é fazer o que quiser, quando der vontade, arcando (mas muitas vezes, não) com as consequências. Ser livre não existe.

Para que definir liberdade se você não a poderá ter? A sociedade define o que é liberdade e ser livre, pois ela molda o que você acha ser a liberdade, te impõe limites e você acha que eles não existem e pensa que está agindo sozinho mas a sociedade sabe como você agiria e você nunca ultrapassa os limites.

Estamos acorrentados à sociedade, fazemos o que ela quer, seguimos suas tendências, pensamos que nós construímos a nossa identidade, mas é a sociedade que a faz, isso é quando ela surge.

Perdemos a condição de ser livre. Crescemos e quanto mais próximos da liberdade, mais ela se torna essencial e some. Nos tornamos peões do sistema.

( Felipe Marquezelli )

O que você acha?


Sinceridade é uma maldição e uma dádiva da humanidade, não sei ao certo em quais proporções e em qual escala, mas alguém muito sincero terá problemas na sua vida, e as vezes muita facilidade. Agradar as pessoas verdadeiramente é algo muito bom, por outro lado, ser muito sincero vai causar muitos estragos quando se diz que algo está muito ruim e a pessoa não aceita as críticas... Enfim, a sinceridade é algo tão complexo, tão instigativo que é muito difícil defini-la.

E será que precisa de definição? Simplesmente, é necessário exercitá-la. Ser extremamente sincero está longe de ser uma qualidade. É necessária uma outra característica, que precisa ser treinada pelos "super-sinceros": as relações humanas. Não é difícil prever o impacto que sua revelação terá na pessoa que a recebe. E você é tão igual ao seu interlocutor que não tem o direito de feri-lo com as palavras. Na verdade, pode ser bastante simples. Se se sente incapaz de omitir, pode-se começar respondendo apenas ao que for perguntado.

Aprendemos então a nos questionar e ver que quanto mais sinceros nós somos mais difícil fica para nós responder algo tão simples, temos que ser sempre sinceros e não sendo sincero com o outro não estaremos sendo sinceros conosco, então, surge-se mais um tipo de sinceridade, a "autossinceridade", a mais difícil, e creio eu, a mais complexa delas. É algo tão estranho que mentir para um é como mentir para si próprio, e os "super-sinceros" nunca percebem que este tipo de sinceridade é a mais importante. Mentir para os outros se torna fácil a partir do momento que você começa a mentir para si próprio.

Sem dúvida, a autossinceridade é fundamental. E essa não precisa ser medida. Consigo mesmo, você pode (e deve) ser sempre sincero. Assim estará vivendo plenamente, e não se preocupará com a imagem que passa aos outros, pois será fiel à sua própria imagem. E omitir não é mentir, não é deixar de ser sincero. Você não precisa fingir concordar com o que não concorda, nem gostar do vestido "lindo" que sua mãe comprou para ir àquela festa. Contudo, é necessário fazer sua mãe chorar para ser sincero? Não, não é. Se ela perguntar, diga, com tato. Se não perguntar, não fale nada. Você não precisa, e não ferirá sua sinceridade por isso. Sua mãe não tem a mínima obrigação de gostar da sua sinceridade, e você deve respeitar o fato de ela ser assim.

Aprendi a um custo alto que a sinceridade por mais que seja a mais pura, machuca e muito os sentimentos alheios, não é só por que não ligo de ouvir aquilo que não gosto que os outros também não ligam, certo? Omitir algo não é deixar de falar a verdade, é essencial, omitir não é mentir, é ser plausível, pontual, sincero e elegante muitas vezes, é como usar um eufemismo eterno, sempre diminuindo a dor que causaria aos outros a sinceridade plena.

( Felipe Marquezelli e Álvaro Dyogo )

O que você acha?

Ressurge das cinzas, aquele que nunca deveria ter partido


Acho que por mais incrível e doloroso que pareça eu posso sim trazer alguem do mundo dos mortos, pois sim, ele é um de meus personagens, pois sim, ele sou eu, Thiago Alves, aquele que se matou outrora hoje revive, pronto para mais uma.

Não queira me perguntar o por que dele me trazer de volta, mas acho que posso tentar dizer que é por poder dizer tudo que ele pensa com um nome diferente sem ter que arcar com as consequencias depois, pois assim, eu estou de volta.

Amado por poucos, odiado por todo o restante, este momento em que trago de volta alguém para eu poder escrever sem que interfiram em nada no jeito que eu escrevo e sem me importar com o resto, é o momento mais clichê e feliz do dia. Pois sim, estou sendo eu mesmo por intermédio de um nome falso, mas não tenho que arcar com essas consequências.

Sim, ele tem um disturbio de personalidade que me matou e agora quer me trazer de volta e o acho louco por isso, pois quem além deste que vos fala e vos escreve seria capaz de escrever de dois modos tão diferentes em um unico post e dizer a vocês que existem duas e não só uma pessoa aqui? ...

( Felipe Marquezelli & Thiago Alves )