Sátira a uma Garota Besta


Não importa quantas vezes alguém lhe dissesse que o que ela fazia não ia dar certo, ela sempre teimava e continuava a creditar no poder que seu amor teria, que ele seria capaz de superar a distancia que eles mantiveram por quase dois anos. Era praticamente impossível alguém mudar a opinião que ela havia construído sobre o seu amor. Ela ainda queria acreditar que seria capaz de vencer a distância de quase quatrocentos quilômetros que separavam as duas cidades. Ela o amava não havia como negar, e quem sabe ele também não sentia o mesmo, quem sou eu para dizer algo contra esse amor? Eu digo, sou a pessoa que mais torceu contra pelo bem da garota que eu agora narro.

Eu gostaria de saber o que se passa na cabeça da garota besta que eu cito, ela não para de pensar nele, ela acredita que ele se mantém ‘fiel’ a ela, mesmo sabendo que ela não é fiel a ele em todos os sentidos, tudo bem, houve relação física com outros garotos mas não exatamente do jeito que pensamos em traição o beijo foi pensado apenas nele, cada toque e gesto feito eram pensando no garoto que morava a mais de quatrocentos quilômetros de distancia.

É meio idiotice da minha parte escrever um texto tão óbvio contra uma felicidade clandestina que não pertence a mim, mas o que fazer se a felicidade que ela, a minha amiga besta, procura, não é bem a felicidade certa? Viver o presente e não um futuro próximo. Isso é, se chegar a ser futuro, nem sempre o virtual se torna real, para infelicidade geral da nação.

Eu escrevo essa sátira pensando numa garota realmente boba que entregou seu coração a uma pessoa virtual, que pode a estar enganado, e isso eu não tenho como provar, mas vou lutar pela felicidade dela, pois é isso que um pai faz, é isso que eu faço, pois ela é mais que uma filha pra mim, é mais que qualquer coisa, pois eu amo essa garota besta, e infelizmente, eu não tenho como não admitir, eu sempre amarei e se isso implica em ter que aturar alguém que eu não aturo, eu o farei com o maior prazer, desde que seja para o bem dela, no tempo certo, quando seja lá quando for.

( Felipe Marquezelli )

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