Sangue e algo mais.


Começou a chover. Estou parado ainda olhando pela janela. Minha boca suja de sangue. O sangue dela era delicioso. O corpo inconsciente da garota quase inteiramente drenada está deitado em minha cama, inerte. Estou sorrindo, o gosto do sangue ainda na minha boca.
Minha roupa toda amassada e jogada no chão, junto com as dela. Ela apenas de calcinha, eu é claro, apenas de cueca. O seu pescoço apenas está com duas pequenas marcas, meus caninos afiados não perfuraram muito o seu corpo frágil, doce, macio. Ainda sinto a suavidez de seu corpo por minhas mãos.
A cena se repete em minha mente, a noite inteira, cortejando-a, começando no mais belo e prazeroso jantar. Dinheiro não foi problema para mim. Aparento apenas ter 25 anos, mas tenho muito mais do que isso. Exatos 871 anos. Adaptei-me rapidamente ao tempo. Assim como ele não me fez nenhum estrago. Voltando para esta noite. Trabalhei nela muito tempo para desperdiçar a oportunidade de sugar seu sangue. Assim que ela acordar, se lembrará de tudo, mas não mais como uma humana, ela será igual a mim. Meu sangue também corre em suas veias. Ela está morta. Quando acordar será uma vampira, também.
O jantar me deu muito trabalho elaborar. Fechei um restaurante só para nos. A cidade de São Paulo fornece ótimos restaurantes, escolhi, é claro, o mais caro deles. Ela tinha que ver o quão importante era para mim. E me implorou para fazer dela igual ao que eu sou (por mim eu não a transformaria, ela só tem 19 anos, deveria ter esperado mais). Trouxe-a para meu apartamento, ele fica no Morumbi, acabei por levá-la rapidamente para a cama. Ela já sabia o que eu era, obviamente, e não se intimidou. Caiu em cima de mim, me jogou na cama com uma força impressionante para uma humana. Ela tirou a roupa dela, fazendo uma dança sensual para mim, encostando seu corpo no meu. Sou imortal. Mas também sou homem. A agarrei e a prendi entre meus braços. A beijei loucamente. Começando pela sua boca, passando pelo seu pescoço. O cheiro de sangue muito intenso nessa hora. Mas fui forte, resisti a maior tentação, e parti para seu corpo. Ela já estava sem blusa e sem a sua saia, apenas de calcinha e sutiã, deitada sobre mim. Enquanto a beijava abri seu sutiã e comecei a acariciar e beijar seus seios. Macios, perfeitos.
Ela arrancou minha blusa. Jogou no chão. Abriu minha calça e a atirou para o outro lado do quarto. Nunca tinha visto ela de maneira tão selvagem. Adorei. Obviamente que eu já estava com muito tesão. Ela começou a puxar minha cueca para baixo, devagarzinho. Massageando-o. Beijando-o.
Ela me puxou para perto de seu corpo. Começamos a nos beijar novamente. Meus instintos humanos mais fortes que os do imortal. 871 anos de autocontrole, jogados no lixo. Desci pela sua barriga, Sua calcinha vermelha, me chamou a atenção, a soltei com meus dentes, tendo o máximo cuidado para não rasgar. Joguei longe. Acariciei. Beijei. Passei minha língua. Depois disto, não me lembro de mais nada. Meu corpo foi tomado por um impulso superior eu quando eu me deparei, estava amando-a como um louco. Minhas mãos massageando seus seios. Meu lábio encostado em seu pescoço, e por fim, ao terminar tudo a mordi. Seu sangue escorreu por dentro de minha garganta. O líquido vermelho, delicioso, quente e saboroso. Aos poucos inundou minha garganta e minha visão ficou turva de prazer.
A janela embaçou com a minha respiração. Estou ofegante. A noite havia sido muito agitada. O som baixo da respiração de Beatriz me acordou do transe. Ela estava olhando para mim, o rosto inclinado para um lado, como uma criança, sua voz doce e angelical ressoou nos meus ouvidos quando ela me disse “acho que enfim somos iguais”, me movi rapidamente e em menos de um segundo estava atrás dela, abraçando-a pelas costas, meus lábios em seus ouvidos, um sussurro inaudível para ouvidos humanos até mesmo nesta distância “eu te amo, Beatriz, e sempre te amarei”.

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