[Não Fode Porra! Em...] Gente Otária e Babaca!


Realmente, tem muita gente babaca nesse mundo. Podemos dizer que em cada grupo que vemos, sempre tem um otário para estragar tudo. Não é uma raça, pois existem otários de todos os tipos, até mesmo, alguns engraçados. Mas isso não vem ao caso. Devo, por direito e dever, escrever o que penso sobre esse bando, pois só assim podemos defini-los.

Otário e babaca são palavras que muitas vezes se confundem. Otário como muita gente deve ter esquecido é aquele que é manipulado, enganado, facilmente. E o babaca, é simplesmente aquele que faz graças, sem-graça, que dá risada por tudo, estraga tudo e estraga prazeres.

Todos nós temos amigos otários. Todos nós temos amigos babacas. Sim, isso é muitas vezes um problema, pois não estamos acostumados a lidar com esse tipo. Mas muitas vezes esquecemos que eles são um problema maior para eles mesmos e não para nós.

Eles estragam não as nossas vidas, mas as deles próprios, serem chatos, ou seja, babacas, acaba afastando amigos, perde-se amizades, o direito de conviver bem com os outros. Bem, os otários, nem preciso dizer que só por serem otários são basicamente idiotas, enganados e ludibriados facilmente não serão eles que estragaram a nossa vida, e sim nós que estragaremos as deles.

Bom, basicamente é isso. Olhos aberto agora, pois não devemos mais ser contingentes com esse tipo. Se um de nós virmos um babaca ou um otário, não devemos nos aproveitar da situação. É melhor tentar fazê-los acordar para vida.

( Felipe Marquezelli )

Final de Férias


Éramos tão inocentes nessa época em férias era algo tão prazeroso, e agora se torna tão tedioso. Final de férias continua sendo igual para todos, uma grande decepção. Pois ainda preferimos ficar no mais absoluto e amado tédio, em casa, do que ter algo para fazer, na escola. Então Final de Férias, sem dúvida alguma é o momento mais triste do ano.

Deixamos para trás os momentos bons e tranquilos e damos começo a uma série de coisas, como estudar, e trabalhar, mas que no final, serão apenas mais entediantes do que as férias em que não fizemos nada. Final de férias consegue ser doloroso, é um momento que sempre receamos que chegue e chega mais rápido do que imaginamos.

Posso concluir então, que as férias, por mais que sejam irritantes, em certos pontos, são bem melhores do que aquilo que fazíamos antes delas. Claro que final de férias é triste e doloroso, até. Mas não devemos nos esquecer, que sempre teremos mais uma, e que no final... Sempre voltaremos a ter um final de férias.

( Felipe Marquezelli )

[Não fode porra! Em...] Segunda-feira.

É algo que eu venho pensando faz um tempo. Por que toda segunda-feira é o pior dia da semana?  Tanto no trabalho, quanto na escola, é um dia que não tem salvação. Normalmente é mortal, não sabemos como resistimos tão bravamente nesse dia infernal.

Toda segunda-feira começa depois de um dia de descanso, muitas vezes acompanhado de um churrasco, de um futebol no final da tarde, de um programa bem humorado com os amigos, de um passeio. Ou seja, já começa mal, pois tudo que no dia anterior foi bom, começamos acordando cedo, de mau-humor e indo trabalhar/estudar.

Ou seja, depois de algum tempo de vivência descobrimos que a segunda-feira é chamada de inferno. Muitas vezes não somos apenas nós que estamos de mau-humor, nosso chefe/coordenador também está, sendo assim, passamos maus bocados nas mãos deles, durante este dia.

Odiamos as segundas-feiras por n motivos, não é apenas por nossos chefes serem chatos ou pelo mau-humor, mas por ser o começo de toda semana temos a tendência de odiá-la. Assim como odiamos a terça-feira quando a segunda-feira é feriado. Temos o prazer de odiar algo que acaba com o nosso amado descanso.

Creio que depois de algum tempo aprendendo mais sobre o comportamento humano, nossos gostos e nossos deveres, todo ser humano odeia o começo de semana, seja ele de segunda, terça ou na quarta-feira. Assim como tem gente (no meu caso) que odeia o domingo por não ter nada para fazer e não vê a hora de chegar a segunda-feira e rever os amigos e colegas de trabalho.

( Felipe Marquezelli )
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Inauguro hoje a minha nova coluna "Não fode porra!", postada toda sexta-feira, onde eu retratarei assuntos que venham sendo questionados tanto por mim quanto por amigos.

Another best history

Criei algo que nem o tempo e nem a distância poderão destruir. Hoje eu o chamo de melhor amigo. Temos tantos interesses em comum, tantas coisas para contar um pro outro. E tudo começou quando eu decidi ir trabalhar.

Uma história que eu quero sempre lembrar e sempre vou levar comigo. Sei que nunca vou esquecer a sua amizade e consideração, é algo na qual eu sempre o terei por perto. Sempre poderei esperar para ouvir boas histórias e contar as minhas, sorrir no fim de semana ou em uma noite chata, onde apenas a internet será o nosso lugar de conversar e não mais os quinze minutos que tínhamos para tomar o nosso café.

Não sou o melhor amigo que ele poderia pedir, mas ele é um grande irmão mais velho que eu sempre quis. Meu pai reconheceu-o como sendo meu irmão, não tenho motivos para discordar deste fato. Sendo assim, creio que minha amizade com ele será eterna, mesmo que não trabalhemos mais juntos, mas ambos temos os mesmos sonhos e trilharemos os nossos caminhos, para um dia voltarmos a trabalhar junto. E sei que assim que eu for realmente um alguém por aqui, e eu o chamar de volta, ele voltará. Pois esperamos o dia em que ambos fossemos Diretores do nosso trabalho.

E esse é um pouco daquilo que eu sempre levarei comigo. Leandro Cardoso Maciel, meu irmão, meu melhor amigo.

Amor rima com dor, legal não é?

Queria entender o meu coração.



Já cansei de tentar entendê-lo, mas mais uma vez ele me é estranho. Não tenho como dizer isso de outra forma, mas estou começando a de fato achar-me um I D I O T A. É que na verdade meu coração está dividido hoje, e queria saber os motivos, e vou explicar-lhes a minha atua situação. E isso dói.

Eu amo uma garota, até ai normal, mas como sempre, ela não mora perto de mim, até ai, mais normal ainda. E eu sei que eu posso perdê-la e mesmo assim eu a amo. Sei que tem muitos garotos gostando dela também, e continuo amando-a. Enfim, sei que tem tudo para dar errado, mas eu acredito que pode dar certo, e continuo amando ela mais do que tudo.

Mas eu também estou muito afim de uma garota, que está realmente perto de mim, pois estuda na minha escola. Ela é tudo que eu sempre quis achar em uma garota, é linda, me faz bem, engraçada, inteligente. O que mais eu poderia pedir? Simples, que ela também me notasse.

Estou dividido entre duas garotas que são as minhas duas metades, eu creio. Uma diz que me ama, e eu acredito, sei que assim que nos vermos o meu mundo terá significado. Mas a outra é um desafio, ela me intriga e eu estou amando-a verdadeiramente também, eu acho. Não posso afirmar nada, pois como eu disse, ainda não entendo meu coração.

E só de pensar que tudo começou com uma dança na minha Festa Junina e com um jogo de Orkut. Seria tão mais fácil se eu não amasse ninguém. Mas qual graça teria sem um pouco mais de dor?

( Felipe Marquezelli )

Apenas um beijo de Verão

Verão. Era a pior de todas as estações do ano, pelo menos ele achava que era. Tinha que trabalhar, pois eram férias da escola, mas não no serviço. Quando viajava, só lhe restava uma praia apinhada de gente, a quem ele jamais se quer sonhava em pisar, mas sempre voltava forçado por sua mãe.


Ele sempre falava que a única vantagem do Verão era a pouca roupa das garotas, mas que mesmo assim ele achava vulgar. Preferia o Inverno, algo mais charmoso, elegante, belo, onde poderia aproveitar um pouco mais do calor corporal. E sempre criticou o Verão.

Nunca imaginou que seria no Verão que as coisas começariam a dar certo para ele. Pelo menos o começo foi maravilhoso. E é no Verão que essa história começa.

Cinco de janeiro de 2010, ele estava passando as férias na praia com a sua família. Alguns de seus amigos ainda estavam por lá. Iriam passar esses últimos dias juntos. Haveria uma grande festa, a qual eles iriam mais a noite. Ele odiava esse tipo de festa, mas era o ultimo dia que ele passaria com os seus amigos. E então ele foi.

Lá eles dançaram, se divertiram. E ele como sempre meio deslocado. Cada segundo que passava odiava ainda mais o Verão. Todos estavam seminus, e ele odiava aquele tipo de visão. As garotas mesmo as feias usando biquínis que chamavam muito a atenção lhe irritavam muito.

E então algo lhe pareceu chamar atenção. Uma garota, sentada a beira-mar, com uma roupa quase completa, assim como ele. Shortinhos e uma blusinha, nada muito vulgar, mas confortável. Ele se aproximou dela. Começaram a conversar, ela estava lá pelos mesmos motivos dele, apenas pelos amigos e por sua família. E assim continuaram o assunto. E no final do dia, quando os dois estavam indo para as devidas casas, eles se beijaram. Um beijo rápido, mas tênue e gentil. Apenas um toque nos lábios. E ele descobriu que o melhor dia da vida dele tinha sido Verão.

Eles trocaram telefone. Ele falou que ia ligar. Mas acabou não ligando, tinha medo de ter sido apenas mais um pra ela assim como ela tinha medo de ter sido pra ele. Ela também não ligou. Não mandaram mensagens e o assunto acabou sendo esquecido. Um ano depois, eles voltaram a se encontrar, nutrindo essa esperança. Queriam se ver e sabiam que queriam ver o coração pulsar mais forte.

Ela o abraçou com muita força, ele segurou o impulso de beijá-la. Ela perguntou o por que de não ter ligado, e ele apenas disse que era medo. Ela falou para não deixar seus medos acabarem com as chances de tentar. E juntos continuaram a conversar. E novamente, quando se despediram mais um beijo terno, mas mais caloroso que o outro, no final do dia e voltaram pra casa.

Assim que ela chegou o telefone tocou. Não queria atender e deixou tocar sem ver o número. Do outro lado da linha, ele desligava o telefone e pensou que aquilo que ela falou tinha sido mentira. Ela se deitou, pois estava cansada, e sonhou ainda acordada com o beijo daquele garoto.

Ele ligou mais uma vez, mas desta vez ela não ouviu o celular tocar. Estava dormindo, e sonhando com ele, mas ele não sabia. Pensou mais uma vez que tudo tinha sido uma mentira. Então ele foi e se deitou, na cama começou a pensar na garota e nas palavras. No beijo que depois de um ano voltou a acontecer. E ele poderia ter aproveitado mais.

O medo o invadiu de novo, o sonho foi escuro e ele não sabia ao certo quem ela era. O telefone dele agora tocava, na esperança de ser ela, ele acordou rapidamente, mas quando viu o telefone conhecido de seu amigo deixou apenas tocar, voltou a dormir, voltou a sonhar.

Ele tentou mais uma vez o contato, mas o telefone estava desligado. Então voltou para sua casa com a sua família e apenas deixou que o tempo fizesse o serviço. Mas ele não a esqueceu e o medo o assombrava, sabia que ela já o havia esquecido. E muito estava enganado. Mas o tempo agiu e de certa forma para o bem dos dois, ainda num Verão que ele tanto odiava ele se encontrou com ela novamente, fora da praia, numa loja qualquer, de uma rua qualquer, os dois se olharam, mas estavam acompanhados, um sorriu pro outro e ele viu nos olhos dela o brilho que ele ainda se lembrava.

Eles se aproximaram, os amigos estavam intrigados, ainda sorrindo ele disse, “pensei que você tivesse me esquecido não retornou as minhas ligações”, ela respondeu “eu jamais poderia ter me esquecido de você, o meu único romance de verão, meu único beijo dado em muito tempo, onde eu poderia dizer que amava o garoto”, “mas por que não me ligou?” ele perguntou. “roubaram meu celular e eu perdi o seu número” ela respondeu.

E no momento que nada mais importava, eles se abraçaram e se beijaram, e o que começou no Verão, se tornou inesquecível para dois corações que tanto odiavam as mesmas coisas e puderam se amar verdadeiramente.

( Felipe Marquezelli )

Testamento

Pode parecer cedo, mas não é, pensei em m e matar inúmeras vezes, e cheguei até a tentar, mas nada faz com que eu queira continuar a viver, recentemente. Então está na hora de eu escrever alguma coisa que farão as pessoas gostarem um pouco mais (ou não) de mim. O meu testamento:


“Pode parecer meio estranho, não tinha esperanças de morrer assim, na verdade não tinha esperanças de morrer sem antes cumprir o que havia prometido e assim o foi. Morri sem esperança e sem palavra. Mas que minhas ultimas vontades sejam feitas, assim deve ser, quando alguém escreve um testamento.

Então vamos começar a parte legal de tudo isso, a distribuição dos bens. Dou ao meu irmão toda a posse de meu dinheiro, seja ele na carteira, na poupança, na conta ou que alguém me deve. Também lhe dou o meu computador e todos os meus jogos. Deixo para ele a minha amada e inestimável coleção de Harry Potter que tanto lutei para ler e admirar. Também deixo com ele os livros da Saga Crepúsculo e qualquer outro livro que ele quiser. Os que ele não se interessar eu deixo para Matheus, um amigo de Penápolis, a quem tanto admiro e pode ser que encontre algo dentre os meus livros.

Deixo para minha melhor amiga, Yasmin, o dom da minha escrita, deixo-lhe os meus textos do Blog e o meu livro (quer ele esteja acabado ou não). Ela merece algo assim, que me foi especial enquanto vivo, e que tenho esperança que ela continue, venda a idéia e consiga lucrar com algo que eu tenha escrito.

Gostaria ainda de poder dar mais coisas para muito mais gente, mas nada que posso oferecer agrada-lhes. Por fim e mais importante, dou para meu irmão, se ainda houver alguma coisa dessa, a empresa a quem nos foi dado por meio de nossos pais. Transfiro-lhe o poder total a que me foi incumbido.

Se ainda assim existir algo que eu não tenha escrito aqui, mas que possa chamar atenção de alguém, que seja ou de meu irmão ou de minha irmã, Pamela, a quem considero-a como minha eterna irmã, mesmo depois de morto.

Espero que tudo ainda corra bem com todos que restarem vivos.”

E é assim que pretendo continuar com meu legado, meu testamento está pronto, só falta alguém vir e me matar, pois já sabem até o que cada um irá fazer e ter. O que me resta agora é esperar, por uma nova onda de inspiração e fazer com que meu pensamento morto volte a escrever como antes. Que o meu dom não morra nesse testamento, asim como eu pensei que iria morrer.

( Felipe Marquezelli )

Percepção


Eu estava andando pela rua. Normalmente como sempre faço, depois do serviço. Fui passar em um caixa eletrônico. Assim que estava saindo, um cara me parou, por de trás de mim, colocou uma arma na minha cabeça, foi me empurrando para a parede e por lá eu fiquei.


“Passa toda a sua grana”.

Eu estava em choque, não conseguia responder e nem me mover.

“Anda, seu mudinho, passa a sua grana”.

Eu não consegui me mexer, estava frio, suando, a mão ensopada, não conseguia respirar direito. Eis que eu ouço o tiro. A bala vinha em câmera lenta em minha direção, eu não conseguia me mexer e o medo estava fazendo com que eu revivesse todos os momentos da minha vida.

De repente eu tinha não sei quantos meses, e estava andando pela primeira vez. A cena mudou, agora eu tinha doze anos, e estava beijando pela primeira vez. Depois voltei no tempo, tinha pouco mais de seis anos, e ganhava meu vídeo-game. E então eu tinha de volta meus dezesseis amados anos, a idade que tenho agora, e estava pela primeira vez na cama com uma garota.

E eu me vi, depois, assumindo as responsabilidades que meu pai deixou para trás. Então tinha treze anos e lembrei-me da minha primeira namorada. E depois eu tinha onze e estava no estádio do meu amado time pela primeira vez. E depois eu estava sentado, escrevendo um texto tão longo que ainda não havia terminado, era meu livro, incompleto.

E então, a bala me atingiu. Eu senti o sangue escorrer pela minha barriga. Eu senti a quentura que a bala proporcionava. Ouvi de longe os gritos de alguém que presenciara, e o cara fugir. Ouvi um telefone sendo discado, mas não enxergava mais nada. Ainda estava semi-acordado quando ouvi a sirene chegando perto. Mãos suaves tocaram meu corpo e viram que eu ainda tinha chance. Levaram-me para a ambulância.

Não me lembro de mais nada desde então. Acordei, não sei quanto tempo depois, e na verdade não sei nem se acordei. Estava eu de branco, num lugar todo de branco, e eu via de muito longe duas pessoas abraçadas, depois de um longo tempo percebi que estavam chorando, pensei que eu estivesse morto.

Tentei me mexer, mas eu sabia que ainda estava desacordado. Minhas amigas chegaram junto com minha mãe no hospital e eu as vi chegarem. Não sei como e não sei o motivo. Mas eu vi. E então eu acordei. Estava em um quarto. Tentei me mexer, mas não conseguia.

Minha mãe entrou chorando e me abraçou. E depois de tudo eu percebi o quão bom era ainda estar vivo.

( Felipe Marquezelli )

A falta, me tira o tempo, sou uma sombra.


Fui esquecido, tanto pelo tempo, quanto pelos meus amigos. Deixado de lado. Sem ser lembrado. É algo doloroso. Pessoas que jamais iriam te virar as costas te virando, pouco mais de alguns dias sem vê-los. Posso até dizer que os esqueci também, não faço tanta questão de algumas pessoas, mas não apenas aqueles que eu via me esqueceram como aqueles que eu pensei jamais esquecer, pessoas que me entendiam e me completavam. Foi assim nos últimos dias eu percebi o quão distante eu estava de todos eles.


Era para eu poder dizer a todos que sempre ficaríamos juntos. Mas se em um mês eu os esqueci, quem dirá quando a escola terminar. Na verdade nem um mês se passou e realmente agradeço muito por não ter que ver muitos deles. Posso até não estar me referindo aos meus amigos, como à apenas alguns conhecidos, mas o fato de não ter que lembrar de nenhum deles, ou de vê-los já é um grande alívio para mim. Me sinto mais leve e mais preso ao meu mundo.


Se bem que ultimamente eu não pertenço mais a mundo algum. Não escrevo. Não como. Apenas respiro e me mantenho em pé. Trabalho e sou apenas mais uma engrenagem de uma máquina. E perder meus sentimentos como essa engrenagem que não os tem foi a pior coisa do mundo. Não escrevo mais por isso, perdi os sentimentos, perdi o que me movia.


Agora sou apenas uma sombra nesse mundo de luz, ou será que também são sombras e eu sou a luz, ou talvez, quem sabe sejamos todos sombras.

A distância entre a amizade e o amor, pode ser a distância de um beijo. II


Minha amizade com ele era tão mágica. Tão linda. Nunca pensei que um dia poderia sentir por ele o que sinto hoje. Somos até hoje melhores amigos, mas a amizade poderia ter ficado balançada. Tudo por causa de um beijo, mas ao contrário se fortaleceu e os meus sentimentos por ele mudaram. E muito. Pois sempre ouvi dizerem que mulheres se encantam fácil pelos seus melhores amigos e eu já era um pouco encantada por ele, mas o encanto virou paixão. Paixão essa que guardo em segredo até hoje.

Eram férias. Estávamos todos na casa de um dos nossos colegas de classe. Fomos lá para conversar. E no final a conversa se tornou um jogo de verdade ou desafio que me comprometeu. Desafiaram-no a beijar-me. Fiquei besta com isso. Ele não seria capaz de fazer isso. Éramos melhores amigos. Ele nunca me beijaria. Mas ele também nunca recusou um desafio. E disse “eu a beijarei, e irei mostrar pra vocês que nossa amizade será eterna, independente de tudo”.

Então ele veio. Eu arfei. Estava com medo. Ele era tão lindo. E ele chegou cada vez mais perto, e eu me derretendo. Então nos beijamos. E então eu comecei a acreditar que o amava verdadeiramente. Que nada importava a não ser eu e ele ali, juntos. Queria ele só para mim para todo o sempre. Foi o melhor beijo de toda a minha vida. E quando tudo terminou, ele disse que tinha sido apenas mais um das centenas que ele já havia dado. Eu perdi o chão. Mas não demonstrei.

Eu sorri e concordei. Disse que éramos melhores amigos e que nada mudaria nossa amizade. Mas eu queria me declarar. Só que o medo de perdê-lo foi maior. Guardei meus sentimentos trancados dentro do meu coração. Não disse a ele nenhuma vez que aquilo tudo foi especial. Nem que eu o amava.

Não quero mais mentir para ele, mas eu tenho medo de perdê-lo. Então eu me contento com a sua amizade e o amando em segredo.

( Felipe Marquezelli )

A distância entre a amizade e o amor, pode ser a distância de um beijo. I

Digo-te coisas tão belas todas as vezes que nos vemos. Mas eu sempre deixei bem claro que nossa amizade seria tão perfeita. Nunca menti para mim mesmo, pelo menos eu pensava que não. Ela é minha melhor amiga. Mas dizem que muitas vezes os homens amam suas melhores amigas. Eu achei que poderia ser diferente. Eu a amei, incondicional e irrevogavelmente, como uma irmã. Pelo menos era o que eu queria acreditar. Até me deparar com uma situação complicada.

Já havia chegado as férias. Estávamos todos comemorando essa data especial na casa de um amigo. Fomos jogar conversa fora. E acabamos por brincar de verdade ou desafio. Uma brincadeira que estávamos acostumados a fazer sem problemas. Desta vez, porém, me desafiaram a beijar minha melhor amiga. Eu sempre fui de cumprir todos os desafios. Nós nunca sequer tocamos nossos lábios uma única vez, e não foi por falta de oportunidade, nem de lugar. Havia aparecido várias. Mas por que nós apenas éramos melhores amigos.

Eu não dei para trás, queria provar a mim mesmo que seria capaz de beijá-la e continuaríamos sendo amigos. Muito me enganei, foi apenas necessário um beijo para perceber que minha vida se prendia a ela. Era como se estivesse voando no universo, eu era a Terra, e ela o meu Sol. Tudo que eu fazia agora se voltava para ela.

Nunca pensei que amaria alguém que eu dissesse que era minha vida, pelo simples fato de ser minha melhor amiga. Nunca acreditei que um homem se apaixona por sua melhor amiga, com medo de também me apaixonar e não ser recíproco. E tenho medo de ela não ter gostado. Disse para todos quando eu terminei de beijá-la falando que tinha sido apenas um beijo em centenas que eu havia dado. Menti, e descaradamente.

Jamais contei a ela que o beijo foi mágico para mim. Ainda tenho medo de que ela não sinta o mesmo por mim. Não sei dizer o quanto a amo hoje. Mas vivo secretamente a amando e mostro a todos que nossa amizade é infalível e imbatível. E que assim seja até o final.

( Felipe Marquezelli )

Não acredito mais.

Eu viajei para muito longe, só para dizer que a amava. Ela não acreditou. Então decidi escrever-lhe uma carta, dizendo novamente que ela era minha vida. Ela me rejeitou. Gritei a plenos pulmões, para todo o mundo ouvir, que eu queria viver ao lado dela. Ela fingiu que não escutou. Então decidi mostrar a todos e não apenas gritar, comprei tudo que ela sempre quis e mandei-lhe entregar, ela mandou de volta e disse-me que não queria algo apenas para conquistar, queria algo do fundo do coração.


Eu não tinha desistido, queria provar para ela que meu amor por ela era verdadeiro, real. Mas ela não queria acreditar que de um amor de internet pudesse ter surgido algo tão forte. E disse para mim que não acreditava em meu amor. Disse que queria algo verdadeiro e não algo que surgiu de repente, sem nem ao menos dar uma chance para ela poder sentir o mesmo.

Eu não queria pensar que tudo aquilo pelo que lutei estava terminando. Fiquei por muito tempo decepcionado, nem sabia o que fazer. Depois de um bom tempo sem falar com ela, eu decidi tentar mais uma vez, que seria a última, se não desse certo, eu jamais voltaria a tocar no assunto. E então, quando ela entrou no MSN aquela noite, eu logo em seguida comecei a escrever-lhe. “Sei que está difícil de acreditar que te amo já não basta ter alguém do meu lado, eu preciso que acredite em meu amor, pois ele é verdadeiro e garanto que será único”. Mas pouco importou as minhas palavras para ela. Disse-me que estava decidida a não acreditar que algo tão simples pudesse ser tão grandioso. Ai eu percebi que ela era fútil.

O tempo foi passando, e eu deixei de falar com ela tão freqüentemente. Passei a lhe responder friamente e a controlar minhas emoções, pelo menos pensei que as estava controlando, elas deixaram de existir e eu não sabia, ainda.

Ela então veio até mim, disse que sentia minha falta, de ler que eu a amava, que ela precisava de mim, disse-me também que começou a acreditar em meu amor, que não ter-me havia lhe causado imensa dor, que no final ela sempre me amara e tinha medo de eu estar enganando-a, mas sabia que no fundo era verdade e que precisava de alguém do seu lado.

Então ela veio até minha casa, disse que me amava, entregou-me uma carta, gritou na frente da minha escola, me comprou presentes. E eu assim como ela havia feito comigo, a rejeitei, fingi que não ouvi e nem a vi quando tentou me parar na rua. Naquela noite no MSN ela me perguntou “o que há de errado? Por que não me aceitou?”, e eu simplesmente respondi “agora quem não acredita em seu amor sou eu”.

( Felipe Marquezelli )

Carta de Alguém


Minha amada, Você!

Escrevo-te essa carta para dizer-te que jamais irei esquecê-la. Que nossas aventuras jamais vividas irão me marcar pelo resto da minha vida. Que as letras que para ti dediquei, hoje são pedaços de papéis em branco. Assim como todas as vezes que te escrevi, escrevi a lápis, hoje sinto a necessidade de usar uma borracha.

Criei coragem para deixar essa carta já pronta para poder dizer o quanto eu já te amei sem ao menos te conhecer, mas que mesmo não te conhecendo hoje já quero viver cada segundo mais com você. Cada vez que penso em você meu coração dói e não digo isso por te amar intensamente, pois intensamente já se tornou pouco para o tanto que te amo.

Por outro lado, devo apagar você de minha existência, mas sei que não sou capaz de fazer isso com Você, minha amada. Sem ao menos te dar a chance de defesa ou de argumentar. Sei que Você será especial para mim.

Mas eu me pergunto, o que sou eu para Você, se hoje Você para mim é Todo Mundo, hoje eu para Todo Mundo sou Ninguém. Ninguém ama Todo Mundo, assim como Todo Mundo ama Ninguém! Mas queria saber se a verdade é tão potente quanto essas palavras, eu te amar é tão real, seria algo tão igual Você me amar?

Ninguém pensa em Todo Mundo. Todo Mundo também pensa em Ninguém. Ninguém é tão importante para Todo Mundo quanto Todo Mundo é importante para Ninguém. A recíproca é tão verdadeira. Mas quero saber se quando eu te encontrar será algo tão verdadeiro assim.

Para Ninguém, minhas palavras são sinceras. Para Todo Mundo apenas confusão e dor. Sinto a dor de outras pessoas com minhas palavras, mas será que Todo Mundo seria capaz de entender a minha dor? Todo Mundo nunca entende Ninguém, mas sempre Ninguém entende Todo Mundo!

Por que Ninguém tem que ser tão importante para os outros e Todo Mundo só ver a si próprio? Ninguém sempre está pensando no próximo, mas Todo Mundo só pensa em prazer. Ninguém me vê como eu sou, mas Todo Mundo me julga pelo que quer que eu seja.

Você é como se Todo Mundo fosse um alguém de forma e cor, mas eu sou Ninguém. Continuarei a tua espera. Eu amo Todo Mundo, mas sei que Ninguém me ama.

Com carinho,
Alguém

( Felipe Marquezelli )

Olhar e Sorrir


Ela estava sorrindo. Perguntei-me se era pra mim. Acho que não era, ela é muito bonita para olhar para um alguém como eu. Não me menosprezo, muito se engana quem pensa que estou dizendo isso por querer me diminuir, mas é enaltecendo a beleza da garota a minha frente que eu digo que ela jamais olharia para um cara tão comum quanto eu era. Nunca estivera tão enganado como estava naquele momento. Ela estava sorrindo abertamente, com um olhar vidrado e sim, era justamente na pessoa que eu acreditava ser invisível para ela, eu.


Naquele dia eu percebi o quão errado eu poderia estar, o quão insignificante eu era por achar que alguém que fosse diferente de mim não me notaria. Vi que as diferenças entre nós dois não apenas chamava a minha atenção como a ela também. Ela sorria para mim. Mas eu novamente vi que não poderia ser assim tão fácil, ela estaria sorrindo para mim ou rindo de mim? Enquanto isso o tempo passava, e ela lá ainda olhando para mim, um sorriso torto no rosto e eu com a expressão de um ex-cego olhando o mar pela primeira vez.

Eu não tinha reação, percebia que tudo aquilo poderia ser uma grande mentira, talvez eu estivesse dormindo. Uma garota tão bonita e tão charmosa não poderia estar olhando daquele jeito para mim. Não sou feio, mas não era para uma garota assim olhar com tanto desejo para mim. Fiquei incapacitado aos olhos dela. Meu desejo por ela foi crescendo, quando eu tomei coragem e me mexi, já era tarde de mais. Ela havia ido embora. Não estava mais lá, sentada na cadeira mais longe, com as amigas, olhando para mim, com um sorriso torto que tanto me encantou O brilho dos olhos negros não mais me chamariam atenção. Talvez fosse pelo fato de eu estar acordando agora, e na verdade nada ter passado de um grande sonho.

Mas eu também nunca estivera tão enganado, meus amigos chegaram perto de mim e me perguntaram:

- Quem era a garota que tanto te olhava?

Eu não tinha resposta, vi que não era sonho e que eu tinha perdido a mulher que poderia fazer todos os meus sonhos se realizarem.

( Felipe Marquezelli )

Sátira do Garoto Idiota

Ele era para viver feliz com a sua vida. Medíocre. Mas feliz. Seus pais erraram. Ele mais ainda. Seus amigos o amavam. Nem todos. Mas ele os amava verdadeiramente, se não de maneira igual, mais forte. E é assim que essa sátira começa, com ele amando incondicionalmente todos os seus amigos.


Era para este garoto viver uma vida comum, mas ele se dedicava de mais aos seus amigos e isso acabava com ele. Pelo menos ele não percebia isso. Mas isso era péssimo, ele podia não sofrer, mas estava lhe causando um enorme mal. Ele não deveria ter responsabilidades com seus amigos, apenas com a sua já reduzida família. Mas ele não gostava de ficar sendo apenas um amigo, além de ser único para as amizades ele gostava de ser especial de qualquer maneira. Fazia tudo ao seu alcance para ver todos os seus amigos felizes, e isso acabava por na hora melhorando o seu humor, mas no final, ele se prejudicava. Cada pessoa ajudada era mais uma faca fincada em seu coração.

Ele não podia ser mais idiota que isso. Ele gostava de sofrer pelas suas amizades e mesmo quando elas estavam quase acabando ele se mantinha lá, firme e fiel do lado dos amigos que nem ligavam tanto para ele, e como todo bom idiota não tinha coragem de levantar a voz para eles. Mas algumas vezes ele se descontrolava, era verdade, e o fantasma do idiota era deixado de lado. Mas ninguém gostava de ver ele bravo, não por que ele ficando bravo seria ruim para ele, mas por que ninguém conseguia pará-lo, sua raiva irradiava do corpo e ele deixava de ser o idiota que os amigos podiam contar sempre e ele se tornava impassível.

Mas a sua raiva abrandava com apenas um sorriso meigo, um carinho certo feito pela pessoa certa. Ele cedia facilmente quando ficava bravo, pois sim ele era muito mais idiota quando ficava bravo nesse ponto. Ele começava a ceder.

Não há como eu negar, eu realmente sou muito idiota.

( Felipe Marquezelli )

Encontrarei ou falharei!

Eu procurei minha vida inteira por um alguém especial, pela pessoa certa, que quando eu olhasse ouviria os sinos tocarem em meus ouvidos, a badalação deles acompanharia o ritmo do meu coração, e eu saberia que esta pessoa seria a pessoa certa. Procurei em todos os lugares que eu pude, andei calmamente e avaliei todos os olhares que se cruzaram com os meus, mirei cada um dos rostos e nenhum fez com que eu suspirasse. Seria muito pedir um pouco mais de tempo?


Esperei toda uma vida para poder olhar para essa pessoa e até agora não a encontrei, será que ainda é muito cedo para achar alguém que te entenda, alguém que te completa? Ou é que eu nunca a encontrarei?

Será que serei capaz de agüentar ficar mais tempo sozinho? Não sou uma dessas pessoas que não desiste, não sei quanto mais tempo agüentarei, eu desisto fácil e rapidamente, mas devo me dar os devidos créditos por ainda estar de pé, lutando por um algo, um alguém, na verdade, que ainda não existe. Só espero que esse tal de você, a quem eu tanto busco, valha a pena toda essa busca.

Não estou acostumado a entrar numa briga para perder, muito menos entrar numa busca que eu não possa encontrar. Mas essa eu estou fadado a falhar. Será que até lá irei agüentar? Tenho que esperar o tempo passar para poder-lhes falar!

( Felipe Marquezelli )

Sinto-me assim, estranhamente...

Passei os últimos dias pensando em alguma coisa decente para escrever, e até agora não me veio nada, então voltarei a escrever coisas que me vierem a cabeça apenas por diversão, para passar o tempo, e pode-se até perceber que na verdade é como estar lendo um verdadeiro “Blablablabla”.


Já fiz isso uma vez, e hoje eu faço de novo, pelo simples motivo de precisar escrever, precisar fugir. Escrever é a minha fuga. Precisava mesmo estar fugindo dessa realidade da qual vivo, enganei muita gente nos últimos dias, fazendo-me passar por um alguém despercebido e que não pensava em nada, mas minha cabeça voltou a pensar num passado não tão recente, mas ainda assim remoto. E eu queria escrever coisas, que não fizessem nenhum sentido e no final poder dizer que eu estaria um pouco mais aliviado.

E é isso que agora eu estou fazendo, estou contando o motivo por estar escrevendo, mas o motivo não esclarece as palavras ditas e escritas, logo são palavras desconexas para o meu padrão de textos, e eu conversando com você, meu leitor, me sinto mais próximo de não pensar em mais nada, pois a sua mente quando estiver lendo isto, possivelmente, estará mais vazia do que sendo usada.

Estou me sentindo exatamente assim, vazio.

( Felipe Marquezelli )

Desabafo

Esse texto não tem nenhum significado importante, como o próprio título já diz, ele será apenas um desabafo, sobre ontem, na verdade sobre tudo que venho notando faz algum tempo, mas começarei com ontem (se eu não comentar nada além de ontem, não me culpem a indignação é monstruosa mesmo que me faz perder a linha).


Acho que passar vergonha em balada era coisa da minha cabeça, que eu tava ficando anormal, mas depois de conversar com duas pessoas eu vi que não era coisa da minha cabeça e que de fato a situação foi vergonhosa. Há apenas duas salvações, a quem eu também não direi os nomes, assim como não direi os nomes de quem compromete. Alguém que diz pegar seis e age de forma tão banal é minimamente preocupante, principalmente ao fato de quase se atirar em cima de uma garota (que se não me engano era promoter) e ela simplesmente recuar CINCO passos, virar o rosto, se esquivar dele, fingir que nada aconteceu e voltar a conversar com a amiga e ele insistir, isso realmente foi preocupante. E outra, ter que se rebaixar para ficar com alguém é de fato humilhante, ir em bando é algo que no mínimo causará impacto e ela cederá, não por que está a fim de você, mas por estar sendo pressionada pelas pessoas ao redor a ficar com uma pessoa, e isso é outra coisa que me decepcionou. Se for pra pegar alguém, vamos pegar desde que se mantenha certo nível de, não digo superioridade, mas algo equivalente a isso, um nível de importância um pouco maior.

Há também o fato de que contamos muito nesse aspecto, a beleza exterior, e não venha com beleza interior, pois para ficar que me desculpem as feias, mas beleza é vital! Vamos tentar, pelo menos, pegar alguém de nível intermediário médio para cima, e não de intermediário baixo para inferior disto.

E não posso esquecer-me da famosa agitada que fazem para alguém ir e pegar a outra menina, só uma dica para quem é adepto a esta prática (como eu estou sendo, mas por pouco tempo) antes de qualquer coisa pergunte à pessoa que você pretende ajudar se ela quer ajuda ou se ela está interessada na pessoa por qual você está agitando, é realmente inovador você agitar uma pessoa para mim e eu virar para ela e falar que “não vou ficar com ela, não quero”, fiquei impressionado com a reação da garota, mas não era de se esperar que um garoto que está sendo “favorecido” falasse algo deste tipo para a garota agitada, pois sim, eu falei!

É algo que me constrangeu em certo momento, não era tão arrogante assim, mas também me fez um bem danado, pois eu tenho com quem ficar toda semana, já eles não, eu não preciso mostrar pra todo mundo que sou homem e pegador, pois eu sei o que sou e todas as meninas que eu peguei também sabem, e é isso que conta, não sou um gay enrustido que preciso me mostrar para os outros, como este tipo de pessoa, que tem a extrema necessidade de ser o centro das atenções e se não conseguem chamar de uma maneira positiva recorrem a uma maneira negativa e isso não vai me prejudicar, pois eu sei do que sou capaz, mas está prejudicando vocês mesmos que se encaixam neste perfil, não sou um qualquer a ter que pegar qualquer uma. Isso é além de tudo digno de dó!

( Felipe Marquezelli )

Para que Dia dos Namorados?

Desde quando eu comecei a entender o motivo de datas festivas eu me perguntei o motivo da existência do Dia dos Namorados, seria para ganhar e dar presentes para quem você ama? Ou apenas mais um capricho do capitalismo para fazer você gastar dinheiro? Qualquer que seja seu motivo o importante é que ninguém gosta de comemorar o seu sozinho, e eu venho comemorando o meu já faz quatro anos (entendi finalmente o para quê desse dia aos 12 anos).


Eu já não queria passar esse dia sozinho pelo que ele significava, e esse ano eu passei numa matinê, teria sido melhor se eu tivesse passado com uma amiga, teria valido mais a pena, mas o importante é que eu dancei muito, e era isso que eu queria: esquecer a data e curtir o momento.

Mas vejamos, voltando ao que importa, o motivo dessa data é puramente gastar dinheiro de uma maneira impressionante, pois as garotas pressionam os seus namorados a comprarem presentes caros e que eles possivelmente terão que economizar desde o ano anterior para comprar apenas para uma data. Mas uma dica para as namoradas que irão ler este meu texto, para quem ama verdadeiramente não importa uma data, o presente tem que ser dado do mesmo jeito, não importando o dia que seja ou o motivo, quando se ama, um presente não é obrigação de uma data, é dado pelo simples fato de amar, e seja ele dado no Dia dos Namorados, no dia do seu aniversário, no Natal, Ano Novo, Cosme e Damião, São Jorge, Dia das Crianças, dos Pais, das Mães, o significado do presente é demonstrar o seu amor e você deve demonstrá-lo sempre que puder e não apenas no dia 12 de Junho de cada ano!

( Felipe Marquezelli )

* a foto é da minha melhor amiga, Yasmin, na festa do Vinicius ano passado, peguei a sua foto pois é ela (junto com a Pamela e minha mãe) quem eu mais amo nesse mundo, muito obrigado às 3 por existirem

Você

Escrevi tantas coisas sobre pessoas que eu amei, que como sempre, esqueci a mais importante de todas, você, é claro, minhas letras acabaram por se perder, novamente, assim como em tantas as outras, que fica meio complicado digitar algo que possa ser bom agora. Não vejo o significado de dizer a todos o quão importante você é para mim, nem o quanto você significa para mim, por isso eu digo você, e não mais seu nome, isso por que, nem ao menos sei teu nome, e espero não sabê-lo por muito tempo. Mas sei que criei um vínculo com você tão forte que eu me prendi à vida apenas para um dia te conhecer, saber quem você é, e nem para dizer que te amo, pois duvido que algum dia possa amar alguém novamente, mas para te abraçar, e saber que você também é real.


Não escolhi alguém para me prender numa vida monótona e sem aventuras, pois se assim quisesse eu me casaria, mas você é uma companheira de muitas aventuras que ainda não começaram, e creio que num futuro, não muito distante, possam começar.

Estou começando a ficar louco, sem ter você ao meu lado, sem ter você comigo aqui e agora, um sorriso amigo e um abraço encantado, queria ter você. Não quero ninguém que seja eterno ao meu lado, mas que você fique por uma grande parte da minha vida, saberia que jamais estaria só. Queria ter essa certeza, e só poderei tê-la depois de encontrar você, pois nem sei ao certo se você é quem eu espero que você seja, e tenho medo de me enganar sobre você e me arrepender depois.

Por isso eu preciso tanto de você, sei que parece tão estranho criar expectativas sobre um alguém até então invisível, desconhecido, mas sei que é algo que não posso fazer sem você e vou até o fim para te ter!

( Felipe Marquezelli )

Perder


As letras perderam o significado para mim. Não consigo mais ver sentido nessas coisas que eu lutei tanto para escrever. Perdeu toda a graça, não tem mais sentido, me sinto um estranho nesse mundo a quem eu outrora pertenci. É como se tudo aquilo que eu mais gosto não pertencesse mais a mim. É estranho me sentir desnorteado, perdido. Mas é a verdade. Quero deitar, entrar num sono profundo, sem ter que me preocupar, sem abrir os olhos, e para sempre sonhar.


Ao que tudo me parece, querer dormir e não mais acordar, se tornou comum. Peço agora para isso acontecer com tanta freqüência que até quem não deveria pedir se acostumou, e já pediu. Minhas letras não se encaixam mais nesse mundo, quero retirar-me dele, quem sabe em outro eu não possa ser feliz? Eu hei de esquecer, todos os motivos, sem nem perceber, que toda a luta é em vão, não posso perder!

Perdi-me. Não tenho para onde ir. Peço agora para dormir, não mais acordar, viver em um mundo paralelo, sem parar para pensar, e esquecerei todas as promessas que fiz em vida, terei um momento de paz, (não) viverei mais num mundo de dor, não quero sentir o peso desse fardo, não sei para onde vou, peço para trilhar um novo caminho, peço para deixar este mundo e seguir adiante, tão longe quanto eu possa ir, e não pretendo voltar, num lugar desse tipo, não tenho motivos para ficar.

Enquanto meus dedos traçam as palavras que são lidas por uma tela, eu me sinto cada segundo mais preso a um mundo que eu mesmo criei e agora eu tento fugir. Não pretendia viver nele para sempre, mas acostumei-me de uma forma tão singular a viver desse jeito que agora me sufoca. Não sei aonde vou, não tenho para onde ir, não sei com quem vou, só sei que quando morrer, eu poderei enfim em paz dormir.

( Felipe Marquezelli )

Estações

Espero para no verão amar.
Um sonho de criança
Durante o Outono realizar.
Para quando
O inverno chegar
Eu poder lhe dizer
Que além de tudo não iria perdoar.
E saberia que na primavera
Poderia com tudo acabar.

E no final, acabaria por
Dizendo que jamais a esqueceria,
Juraria que foi tudo amor,
Esqueceria meu sofrimento
Fingiria que não existe dor,
Colocaria tudo a baixo
Seja lá pra onde ela for.

( Felipe Marquezelli )

Por aquela porta


Depois de muito tempo eu cheguei a perceber o quão difícil poderia ser amar sem ser amado. Mentira. Eu não precisei de muito tempo, meu primeiro amor não foi correspondido, muito menos o segundo, quem diria que o meu terceiro também não fosse? O quarto? Apenas mais uma ilusão! O quinto, nem cheguei a concretizar, por mais que eu dissesse que a amasse. No meu sexto amor eu encontrei o que tanto procurava, pena que ela não encontrou em mim o que ela buscava. E foram assim meus amores, todos vividos, porém nenhum deles correspondido.


Era para neste ilustre amor que hoje eu poderia viver e encontrar a felicidade, e pude até tê-la encontrado, mas eu fui egoísta e não amei quem me amou na época certa, e mesmo depois de pensar em concertar meu erro eu percebi que era tarde, tanto para mim amá-la quanto foi para ela ter me esquecido.

Se no fundo eu soubesse que cada amor que eu já tive tivesse me dito o quão estúpido eu estava sendo, talvez eu não tivesse sido estúpido em perder o amor de vista, hoje poderia estar sendo feliz, e não é apenas algo que eu busque para mim, e sim para aquela pessoa que eu amo. Se é que posso dizer que amo alguém verdadeiramente, depois de tantos e tantos tombos.

Amo e não nego, pena que meu amor é tão forte quanto um castelo de areia, quanto um balão é pesado ou como um garoto pode sonhar acordado. Diria até que meu amor foi-se com o tempo, e hoje sei que o tempo que levou ele não o trará de volta, por mais que eu peça, o tempo me castigou, por ter sido idiota a ponto de não ter visto o amor bater em minha porta, eu ter aberto a porta e quem tenha entrado foi apenas mais uma ilusão!

( Felipe Marquezelli )

Letras


Minha alma eu deixei de lado,
Vivi preso tempo demais,
Em algo que relutei para esquecer,
Fez-se parte do meu passado.

Era para jamais lembrar,
Das frias e tristes noites,
De nunca ter alguém ao meu lado,
E apenas chorar.

Lágrimas que derramei,
Em outro tempo que sorri,
Apenas uma nuvem,
Que contra ela eu lutei.

Era para ser uma luta vencida.
Sem um único perdedor.
Uma alegre batalha,
Que tivesse algum vencedor.

Éramos tão pequenos,
Inseguros e indefesos.
Naquela época que se foi,
E hoje vivemos menos.

E dessas coisas sempre vou lembrar,
Não importa quanto tempo passe,
Ou quem esteja ao meu lado,
Sempre terei alguém para dizer que vou amar.

Palavras soltas que vos digo,
E eu esperava que fizessem sentido,
Letras livres que outrora eu escrevi,
Hoje me prendo aos pequenos pingos!

( Felipe Marquezelli )

Cheguei a dizer adeus, mas agora eu digo sejam bem-vindas!


Definitivamente eu havia dito adeus para algo que me prendia tanto quanto eu pensava que fosse possível. Mas aos poucos eu as venho resgatando, com medo delas. Tenho medo de usá-las. Sim estou falando de minhas máscaras.

Nem sei por onde começar. Na verdade não tenho por onde começar. Eu havia deixado todas elas de lado, prometido a mim mesmo que não as usaria, mas hoje, após inúmeros choques de realidade eu corri para o mais longe possível, resgatei todas elas do fundo de uma caixa, jogada no meio de uma ilha vulcânica no meio do oceano e as estou usando. Meu mais profundo temor se concretizou, eu estou tendo que recorrer às minhas máscaras para encarar a realidade.

Mas eu definitivamente ainda não sei por que as uso, seria para me esconder dos outros ou esconder os outros de mim? Queria muito saber para que eu teimo em usar as máscaras perante a realidade, sendo que eu já a encaro faz um bom tempo. Acho que por que, pela primeira vez eu não tenho uma resposta pronta para uma adversidade. Eu temo por isso.

( Felipe Marquezelli )

Nostalgia


Sinto saudades de coisas que o tempo me tirou,
De algo que eu já não posso mais ter,
Das mudanças que não voltarão,
Daquilo que o tempo me fez perder.

Ainda tenho saudades de poder falar besteiras,
De ver o mundo todo girar.
De viver de certa maneira.
De saber o que era sonhar.

Penso ainda em conversar sobre coisas absurdas,
Por um tempo indeterminado,
Durante os dias mais chatos,
Com todas as pessoas que estiverem ao meu lado.

Essas saudades que não me permitem viver,
De saber que sempre terei alguém comigo.
Saber que poderia contar com todos eles,
Saudades essas que não acabam.

( Felipe Marquezelli )

Sons mudos


Quantas vezes já não nos deparamos com palavras sem expressões significativas? Quantas vezes não ouvimos algo sem entender? Quantas vezes não ouvimos algo e entendemos perfeitamente o que está acontecendo? Nada importa para quem sabe da diferença entre o som mudo e o som sonoro, mas o som mudo é tão significativo quanto. Ele não toca seus tímpanos, mas pode tocar dentro de seu coração.

Sons esses que afetam você de maneira tão intensa que você acaba nem percebendo o que faz e se entrega verdadeiramente a algo tão forte que seus sons são emudecidos por gestos, ou até mesmo por palavras tão mais fortes do que gestos. Assim é algo tão inexplicavelmente complexo e simples.

Somos tão eloqüentes a ponto de dizer o que pensamos, mas não ao dizer o que sentimos e quando dizemos as palavras parecem tão mais pesadas que o som se propaga tão imensamente que nos torna surdos e tudo a nossa volta emudece e o que importa são sempre as últimas palavras que ouvimos. Por isso prefiro um som mudo, um som silencioso que é facilmente contido por um gesto, um abraço ou um beijo de boa noite na testa que simplifica todas as palavras doces em um simples gesto.

Acreditamos tão insistentemente que não é algo que não devemos nos preocupar, que acabamos esquecendo o poder tão ensurdecedor de simples palavras como as três palavras dê sete letras que eu sempre teimo em dizer para pessoas erradas.

( Felipe Marquezelli )

Sono eterno


Era mais uma noite como outra qualquer. Eu pelo menos achei que assim seria. Tudo bem nenhum fato novo aconteceu, pelo menos não chegou a acontecer, eu acabei ficando mais vidrado do que antes, meus pensamentos mais vagos e minha mente mais aberta, como sempre eu acabei dormindo de olhos abertos. Mas por fim parecia que o cansaço venceria, a doença que me acometeu me fazia fraco, eu me negava a descansar, mas no fundo eu sabia que seria o melhor.

Queria me deitar, mas me negava a fazer isso, estava podre, cansado, até mesmo mal-humorado, coisa que eu não ficava fazia tempo, não muito, mas acabou acontecendo que junto à fome que eu já sentia e ao fato de eu estar doente, logo eu me tornei insuportável.

Fazia tanto tempo que não sentia tantas coisas juntas que me vi despreparado para algo que eu acabei falando, com todas as palavras, gostaria de dormir e jamais voltar acordar. Fazia incontáveis dias que não dizia algo tão familiar assim. Acabei por vendo que eu não estava sendo eu tanto quanto eu imaginava estar sendo. Nessas últimas poucas horas eu posso dizer que voltei a ser o adolescente que era para mim estar sendo, despreocupado, sonolento e sem nenhum motivo para me preocupar com o trabalho de segunda-feira, sem seleções, sem pagamentos a fazer, apenas deitar e dormir. Queria que assim fossem tão fáceis todas às vezes durante a noite.

Sofreria tão menos que não iria voltar a pedir para dormir e jamais acordar. Mas por agora, apenas uma boa noite, pois como sempre, nunca se sabe se a noite de hoje será para sempre a última noite que tens pela frente. Durma, e sonhe. Pois é isso que pretendo voltar a fazer assim que acordar, isso é, se acordar, voltar a sonhar, de olhos abertos. Mas peço, que meu sono seja eterno, enquanto eu permanecer de olhos fechados e nada me perturbe.

( Felipe Marquezelli )

Férias


André, dezessete anos, um corpo definido, mas não ‘bombado’, tudo em seu lugar, olhos verde acinzentados, cabelo tão escuro quanto o negrume da noite. Cursava o terceiro ano do ensino médio numa escola particular da Zona Sul da capital paulista. Era Julho, fazia frio, férias de inverno, seis horas da manhã, ele ainda estava no computador conversando com seus amigos, desligou três horas mais tarde e se deitou, a mãe não se importava com isso nas férias, além de tudo, tirava também as férias do serviço, seu irmão mais velho era um grande empresário e havia lhe dado um bom emprego. Acordou por volta das onze horas da noite, tomou banho, jantou, escovou os dentes e em trinta minutos já não estava mais em casa.

Havia partido para uma balada nova em São Paulo, havia acabado de abrir (não fazia três semanas) e decidiu aproveitar que não tinha nada para fazer. Soubera que as garotas lá podiam não ser as que ele estava acostumado que era só estalar os dedos e aparecia no mínimo duas, mas valeria o risco para ele ver quão lindas elas eram.

Assim que chegou se surpreendeu pelas garotas na fila, eram tão lindas iguais a todas as que ele já havia pego, quiçá até melhores. Ele sorriu, havia esperado para ver se chamava a atenção num lugar tão diferente do comum para ele.

Entrou, com um documento falso, e viu que a balada logo não seria apenas mais uma em sua grande lista. Não era o mais bonito, mas o conjunto de corpo e estilo o tornou o maior atrativo da balada, calça jeans escura, camiseta gola V branca, uma blusa preta e branca listrada, e um boné todo preto com o logo da marca ao lado, quase imperceptível, o tênis um nike.

Se não todas, ao menos uma grande maioria das mulheres olhou para ele. Ele acabou ficando com dez delas. Tinha sido as dez mulheres mais lindas que ele havia visto naquela noite.

O seu celular despertou às seis da manhã, o horário que ele normalmente ia para a escola, então tomou o rumo de volta para casa, assim que chegou deitou na cama e adormeceu instantaneamente, cansado, sem ter forças para olhar o MSN ou o seu formspring, quem dirá se teria coragem de postar no twitter que havia chegado em casa.

Quando acordou se viu todo quebrado de dançar, sem forças, mas a noite anterior havia valido a pena, cada segundo passado, cada beijo dado, cada telefone conquistado ou MSN dado, ele vibrou cm cada uma das conquistas e se viu mais uma vez feliz em poder aproveitar as férias.

( Felipe Marquezelli )

Esse ó, ene agá, ah erre


Já não bastava ele amar, agora ele queria sonhar. Sonhar um sonho intenso, vívido, cheio de cores, odores e sabores. Sonhar que tudo era possível e que tudo que ele mais queria era o que ele já tinha. Já não importava tanto a opinião dos outros, ele queria era ser feliz e esse era o seu maior sonho.

Ele nunca acreditou que poderia fazer de tudo um sonho, jamais se viu sendo feliz quem diria sonhando em ter coisas que nunca teria, amar alguém e pensar que algum dia alguém lhe retribuiria o amor, ele sonhava agora, sem medo e sem pressão, sonhava intensamente. Sonhava acordado, sonhava dormindo. Ele queria era sonhar. E amar.

Ele aprendeu a sonhar com seus amigos, que tanto lutaram para mudar o jeito sóbrio do garoto, e até tristonho. Hoje ele sorri sem medo e diz com todas as letras, “Eu sonho, sonho com um amor que dure para sempre”.

“Sonho com um amor sem fronteiras, sem limites que sempre esteja do meu lado, mesmo que distante. Sonho com um lugar que possa me fazer feliz sem fazer mal a ninguém. Sonho um sonho imperfeito que muita gente sonha, mas que a cada detalhe que se soma eu o intensifico, cada soma nova é algo novo a sonhar.”

Ele descobriu o poder de sonhar, mas ainda tenho medo de que agora que ele sonha, ele caia da cama e acorde na difícil realidade que nos vem perseguindo por tanto tempo, a qual ele sempre pertenceu, mas que agora, em um outro mundo, o Mundo dos Sonhos, ele não teria como lidar. Receio em dizer que agora que ele começou a sonha será difícil faze-lo parar.

Espero que no final, seus sonhos se transformem em realidades, pois cada sonho realizado, de qualquer um que esteja ligado a esse novo sonhador, será como um sonho realizado para ele.

( Felipe Marquezelli )

Sátira a uma Garota Besta


Não importa quantas vezes alguém lhe dissesse que o que ela fazia não ia dar certo, ela sempre teimava e continuava a creditar no poder que seu amor teria, que ele seria capaz de superar a distancia que eles mantiveram por quase dois anos. Era praticamente impossível alguém mudar a opinião que ela havia construído sobre o seu amor. Ela ainda queria acreditar que seria capaz de vencer a distância de quase quatrocentos quilômetros que separavam as duas cidades. Ela o amava não havia como negar, e quem sabe ele também não sentia o mesmo, quem sou eu para dizer algo contra esse amor? Eu digo, sou a pessoa que mais torceu contra pelo bem da garota que eu agora narro.

Eu gostaria de saber o que se passa na cabeça da garota besta que eu cito, ela não para de pensar nele, ela acredita que ele se mantém ‘fiel’ a ela, mesmo sabendo que ela não é fiel a ele em todos os sentidos, tudo bem, houve relação física com outros garotos mas não exatamente do jeito que pensamos em traição o beijo foi pensado apenas nele, cada toque e gesto feito eram pensando no garoto que morava a mais de quatrocentos quilômetros de distancia.

É meio idiotice da minha parte escrever um texto tão óbvio contra uma felicidade clandestina que não pertence a mim, mas o que fazer se a felicidade que ela, a minha amiga besta, procura, não é bem a felicidade certa? Viver o presente e não um futuro próximo. Isso é, se chegar a ser futuro, nem sempre o virtual se torna real, para infelicidade geral da nação.

Eu escrevo essa sátira pensando numa garota realmente boba que entregou seu coração a uma pessoa virtual, que pode a estar enganado, e isso eu não tenho como provar, mas vou lutar pela felicidade dela, pois é isso que um pai faz, é isso que eu faço, pois ela é mais que uma filha pra mim, é mais que qualquer coisa, pois eu amo essa garota besta, e infelizmente, eu não tenho como não admitir, eu sempre amarei e se isso implica em ter que aturar alguém que eu não aturo, eu o farei com o maior prazer, desde que seja para o bem dela, no tempo certo, quando seja lá quando for.

( Felipe Marquezelli )

A história do Homem que teve coragem para dizer “Eu te Amo”


Tudo começou numa bela noite de quinta-feira, em um restaurante, ao sul da capital. O homem estava sentado, jantando sozinho, sem esperar qualquer coisa. Ele já estava com seus vinte e cinco anos, era bonito, mas nunca foi de chamar a atenção para ele, gostava de ficar quieto, e não esperava amar ninguém até se estabilizar. Como todos os homens da atualidade, ele estava incrivelmente errado.

Uma mulher entrou pela porta do restaurante, ele que estava na ultima mesa do local, mas de cara para a porta, foi o primeiro a ver a moça. Ela era linda, em todos os aspectos. Um vestido vermelho sob um casaco de peles de leopardo, ela era realmente, além de linda, elegante.

Ela olhou para ele de longe e sorriu, um sorriso contagiante. Balançou com o coração dele. Ele foi embora, mas antes foi conversar com a mulher.

Oi (disse ele). Oi (respondeu ela). Qual seu nome (perguntou ele). Tamires, e o seu (foi a vez dela). Alexandre (ele agora). Prazer Alexandre (ela disse). Todo meu Tamires, posso anotar seu telefone (ele questionou). É claro (disse ela passando o número).

Os dias que se seguiram ele ligou para ela todas as noites, e ela ligava para ele todas as manhãs, os dois saiam juntos, riam e comiam juntos. Mas ao contrário do que se passava no coração dele, ela acabou vendo que ele era um grande amigo e não um grande amor.

A amizade dos dois durou cerca de dois anos, ele eleito presidente da sua firma, ela dona de uma grife de moda. Os dois riam abertamente e comentavam os insucessos do passado, e hoje ele tinha tomado uma decisão, se declararia. Haviam dormido juntos uma ou outra vez, as noites mais prazerosas da vida deles. Mas para ela foi o prazer de se deitar com um amigo, conselheiro e que seu amor seria eterno, sem nunca mudar. Já para ele, o amor além de tudo físico, era o sentimento que aflorava cada centímetro de seu corpo.

Voltaram quando completaram três anos de amizade no mesmo restaurante que se conheceram, na mesma mesa que ela havia se sentado, perto da mesa que ele havia se sentado. Ele olhou fundo nos olhos dela e disse com todas as sete letras, as três palavras: “Eu te amo”. Ela ficou sem reação, não sabia o que fazer, então com uma voz melosa respondeu: “Eu também te amo, você é o meu melhor amigo”.

As palavras delas foram como facas para o coração dele, mas a amizade dos dois nunca foi abalada, dormiram juntos mais uma vez, e para ele foi a ultima vez que se entregaria à uma mulher que jamais se sentiria igual por ele, para ela, foi a primeira ao perceber que depois da declaração dele também se sentia igual.

Três meses mais tarde, ela se sentou com ele para um almoço, desta vez em um restaurante em Porto Alegre, onde ele estava passando as férias e ela foi fazer uma visita surpresa. Ela olhou fundo nos olhos dele e disse igualmente: “Eu te amo”, ele esperava que o coração fosse pular, mas não pulou, ele gritou de triunfo, se beijaram ardentemente, e logo depois se casaram. A atitude dele, em acreditar ainda no amor, por mais incabível que ele se parecesse foi algo que nem mesmo ela acreditou. Amar sem ser amado havia lhe dado uma lição, nada como o tempo para fazer os outros perceberem o quão poderoso é o amor.

( Felipe Marquezelli )

Sátira a uma Garota Boba


Ao que tudo parecia ele seria apenas mais um na vida dela. Muito se enganava ela por pensar isso. O beijo dele, tão doce, a marcou. Assim como ele quase foi à loucura pelo simples abraço mais forte dela e o beijo carinhoso. Os dois logo iriam provar do poder de algo fatal.

Ele jurou amá-la. Ela acreditou. As palavras ditas na segurança da internet surtiram efeito imediato na pobre garota que estava balançada pelo carinho que ele demonstrava. Ele não seria apenas mais um. Ela o queria para ela e só para ela. Ele queria ser dela, mas não tão cedo, ainda queria viver um pouco mais antes de se entregar a ela.

Ele não chegou a pensar nas conseqüências de seus atos, havia até confessado para ser possível futuro cunhado que a pediria em namoro, mesmo que a distância ele queria ser todo dela, e queria ter exclusividade para tê-la também. O tal cunhado disse que esperasse, haviam acabado de se conhecer, ainda era cedo. Mas ele não sabia que a garota estava perdidamente apaixonada, mesmo que nem ela soubesse.

Eles se encontraram novamente, no mesmo lugar, semanas mais tarde, apesar de muita coisa ter passado, parecia que nada tinha mudado. Pelo menos foi o que o cunhado havia pensado. O garoto havia ficado com outras duas garotas e ainda depois veio desculpar-se com ela, e ela se iludiu com as palavras de desculpas dele e o perdoou.

O coração dela se machucava, cada vez sangrava mais por ter sido enganada, e ela não sabia. O coração dele chorava um pouco, por ter perdido alguém que sabia que o amava. O tempo apenas pode continuar essa história, e o cunhado, o mesmo que narra esta história, ainda acredita em um final feliz para os dois lados, esperemos que o tempo dirá.

( Felipe Marquezelli )

A história de um garoto que não sabia o que era amar


Todas as noites, num quarto escuro, de uma cidade distante dos centros urbanos da capital paulista, um garoto, por volta dos dezesseis anos, se excluía do mundo, chorava abertamente para quem quisesse ouvir, e o problema era que ninguém queria. Ninguém sabia ao certo se ele chorava mesmo, muito menos o motivo, mas ninguém se interessava em ir perguntar a ele.

Nas manhãs que se seguiam ele até que sorria, mas no fundo se sentia incompleto, nem ele entendia o motivo de tanta solidão e de tanto choro. Ele queria descobrir. Mas nada que ele pensou era realmente comprovado, até que numa determinada noite, após seus choros silenciosos terminarem ele percebeu o que deveria ser. Todos ao seu redor tinham alguém, eles amavam. Ele não. Ele ia todos os sábados com alguns de seus amigos para matinês e baladas, beijava todas as garotas por quem se interessava, e dançava a noite inteira, mas no fundo sabia que um beijo não se tornaria seu amor eterno, e logo descobriu que os choros que ele vinha tendo eram de não ter para quem dizer um simples ‘eu te amo’ no pé do ouvido.

Aos poucos ele tentava encontrar essa pessoa para quem dizer as três palavras, mas nunca encontrou, uma garota ou outra fazia seu coração acelerar, mas nunca ao ponto extremo da erupção. Havia jurado que só se deitaria com uma quando encontrasse aquela que o manteria vidrado, mas a promessa ficou para trás, ele assim que completou dezessete anos, se viu preso no difícil fardo de ser o primeiro de seus amigos a completar a idade e o primeiro a ter a chance de perder a virgindade. Seus instintos falaram mais que seu coração, ele se deitou com uma grande amiga que sempre jurou amá-lo.

Eles se casaram, tiveram filhos juntos, mas seu coração nunca bateu mais forte, nem por ela nem por ninguém. O medo de viver sozinho no mundo o condenou a viver sem amor, não correu os riscos certos e se apaixonou por uma vida fácil, sem a adrenalina que o amor proporcionava. A culpa não foi dele, foi do seu coração burro que não queria amar a garota que tantos outros amavam que era aquela com quem ele se deitou e se casou. O amor nunca existiu e ele continua até hoje sem saber o que é amar.

( Felipe Marquezelli )

Palavras que nunca foram ditas


Ele, amado e amável. Um coração puro, dos atos mais grandiosos, dos olhares mais significativos, da mais alta e digna bondade. De tão puro que era foi comparado aos santos, nunca ergueu um dedo para bater em alguém, jamais aumento o tom de sua voz, ele simplesmente se recusava a falar quando lhe era propício.

Ela, egoísta e até um pouco vulgar. Mas até que tinha um coração puro, não tão puro quanto aquele daquele homem, seus atos eram bárbaros, não grandiosos, esplêndidos, os olhares eram perfeitamente intensos, avaliadores, sua bondade resignava as vezes a pena. Mas nunca foi pura, nem sequer se chamou em algum momento de santa, ela jamais se pronunciou quanto a isso, nem para se defender, preferiu emudecer.

Eles nunca haviam se visto, nem sequer sabiam de suas existências, imaginavam se em algum dia encontrariam alguém tão verdadeiro quanto eles mesmos, mas o medo de um olhar em falso ou de falar algo indevido os impedia de procurar.

Mas não foi necessária a procura, um achou o outro, numa manhã qualquer, num parque qualquer, tudo aquilo que os dois pensaram ser verdades absolutas e extremas passou a fazer parte dos cacos estilhaçados pelo que logo se tornou o universo a sua volta.

Os olhares cruzados. Ele sorriu. Ela acenou.

“Se ela avançar eu avanço” pensou ele, “Se ele sorrir de novo eu falo com ele”, ela disse consigo mesma. Ela deu um passo em falso, ele sorriu, um olhou para o outro, e nenhuma palavra saiu.

O olhar de interrogação se estampou no rosto dele, já no rosto dela o de vergonha. “Se eu chamar ela pra sair, será que ela aceita?” ele começou a se indagar, “Fica muito chato se eu decidir chama-lo pra tomar um café?” ela se perguntou.

Ele olhou para baixo, sua voz quase falhara depois de tanto desuso “Ah, Oi. E Tchau”, ela respirou e só disse “Tchau”. Os olhares continuaram se acompanhando, ambos pensando “Por que fui tão covarde?”.

Ele nunca soube a resposta. Ela chegou a imaginar, de forma errada o motivo. As palavras que eles tanto lutavam para não usar enfim lhes fizeram falta, e em algum momento qualquer, tudo isso pode voltar a acontecer, se não com Ele e com Ela, comigo e com você.

( Felipe Marquezelli )

Agora é a hora


Esperei muito tempo para isso, é hora de eu finalmente erguer a minha cabeça e travar a minha própria luta, sem mais delongas, assumo por fim a autoridade que me foi dada ao nascer, como filho mais velho, como o filho de um casal prestes a se separar é hora de fazer o mundo se curvar as vontades dos dois filhos, eu e meu irmão, pela minha voz, eu ordeno, eu mando, é hora de fazer o meu show.

Ao que tudo indica o filho mais velho decide, e assim eu o farei, não me importa as consequências, o meio não justifica os fins, os fins não justificam os meios, tudo que eu quero é o que me foi tirado. Não falo de família, pois família estou feliz com a que eu tenho. É pouca, e incompleta, mas é minha. Só minha!

As palavras que eu tanto demorei a falar hoje escorregam pelos meus dedos com tanta suavidade que até fico surpreso ao ver que eu já tinha uma decisão tomada antes mesmo de ter tido a escolha,  fato é que, mostrarei a todos quem manda, e serei lembrado, não por muitos, mas por alguns, por ser aquele que encarou seu maior medo de infância com tanta coragem, com tanta força que o derrotou. Não me importo em morrer lutando, desde que a vitória seja nossa, minha e da minha família!

Ao contrário de tudo que eu disse nesses quase um ano e meio, eu amo cada parte dessa família de três pessoas que estão compostas aqui em casa, e cada um de seus fragmentos, exceto aquele pelo qual eu lutarei para derrotar. Sim as coisas começaram a mudar.

( Felipe Marquezelli )

E no final é apenas mais um erro humano.


É meio estranho para alguem que se julgava um demônio, sem alma, sem coração, de repente se definir também como um anjo. Para alguém que não acreditava - e continua não acreditando - em Deus, se auto-chamar de anjo é incrivelmente, estranho.

Na verdade, o motivo para isto é simples, eu finalmente entendi que todos nós temos um pouco de luz e sombra dentro de nós, inclusive eu que, até tempos atrás, se auto chamava de demônio. Outra verdade é que sim eu mudei muito de lá para cá, mas além de tudo eu evolui. Comecei a ver as diferenças entre o bem e o mal dentro de mim e dos outros.

Mas todos temos bem e mal dentro de nós, o que nos diferencia são as atitudes que tomamos, nos catalogar como bem ou mal não passa de um outro erro humano, no final todos vamos acabar indo para o mesmo lugar.

Todos nós temos um pouco de cada. Somos anjos tanto quanto queremos ser humanos e também somos venenosamente infalíveis como os demônis que nascemos para ser.

Hoje, eu tive sorte pelo fato de que cobras não morrem com seu próprio veneno, pois já que mordi minha língua não estaria aqui para contar esse fato. E outra, também tenho sorte por ter feito em minha vida muitas coisas para ajudar os outros, e também estou pronto para ajudar qualquer um que me venha pedir salva-guarda.


( Felipe Marquezelli )

Um pouco de verdade e sátira à amizade


Parece que não, mas sim eu sou falso e por ser falso reconheço que muitos ao meu redor são, se não comigo com outras pessoas e hoje me indago sobre a amizade que teria com eles, seria verdadeira ou falsa?É representada por uma nota de três reais ou por uma de cem? Se é que vocês me entendem a metáfora.

Não posso dizer que sei se todos são verdadeiros, mas que vejo um pouco de falsidade, sim eu vejo. A princípio pensei que fosse minha imaginação, pois julgava minhas amizades perfeitas, até que eu percebi que eu era falso com eles e pude dizer que a perfeição se quer existiu algum momento.

Lembro-me de que no começo tudo foram as mais belas rosas, alegrias e sorrisos e do nada vieram as brigas, a desconfiança e as suposições de que tudo estaria arruinado. Uma amizade verdadeiramente forte não destroe-se com o tempo, ao contrário, para cada desafio, se fortalece. E as minhas eu vi que umas se fortaleciam e outras aos poucos se tornaram inexistentes e começamos a ser apenas colegas, e aos poucos tentei reconstruir as amizades que em outrora foram evidentes em meus olhares de admiração e que hoje chegam a beirar o desapontamento e às vezes a dó.

É claro que não nego que todos eles me fizeram bem, mas nunca pude dizer que todos estavam comigo quando eu mais precisei. Poucos ficaram ao meu lado, e hoje reconheço raros amigos dentre meus colegas (que em sua frente os chamo de amigos), sem saber que essa palavra é tão vaga quanto um balão de ar... Vazio.

Mas aqueles que eu posso chamar de amigos, sim foram meus amigos quando eu precisei, assim como recentemente, eu não pude estar por perto quando minha mãe passou mal e três amigas, não, três anjas entraram pela porta da minha casa e disseram que tudo ia terminar bem, e assim terminou.

Assim como quando eu precisei chorar, eu contei com o ombro de outras três anjas, e uma delas esteve também na outra vez que vieram. E por fim, um anjo esteve comigo quando eu precisei desabafar e me divertir um pouco. Sim, eu não tenho amigos, tenho anjos que me guiam. E estão comigo, me protegendo e assegurando que nem tudo é escuridão nesse mundo. Os meus chamam Thays, Marina, Yasmin, Pamela, Lais e Agnaldo. Agora só falta saber se todos têm algum anjo que lhe acompanha, pois nada melhor que um belo anjo ao seu lado, pronto pra te fazer sorrir, quando estiver pra baixo, te levantar.

( Felipe Marquezelli )

Felicidade de Idiota!


Nunca se é tarde de mais para procurar algo que na maior parte do tempo não existe. Mas por que não pensarmos que afinal tudo que procuramos está realmente ao nosso lado, e pensarmos que o que está do nosso lado é a nossa própria felicidade. Pena eu não ter percebido isso antes, mas vejamos que antes tarde do que nunca.

Demorei a perceber, mas acredito que para eu ser feliz, verdadeiramente, devo acreditar que isso existe. Ser feliz não é para todos, muito menos para muitos, nem alguns, é apenas para algumas exceções, e hoje, acredito estar fazendo parte dessa exceção, pelo simples fato de que, eu estou tentando viver, diferentemente de antes, onde eu tentava tirar a minha própria vida.

Ando à procura de algo que é meu por direito, de nascença, depois de sofrer 16 anos, espero que nos próximos 3 anos, ao menos, eu encontre esse bem metafísico, que agora eu tanto quero.

Aprendi a gostar dessa procura, por mais que ela seja um pouco cansativa e as vezes me faça parecer um pouco trouxa, pois os idiotas no final sempre são felizes, e acredito que, para todos os efeitos, eu sou idiota.

( Felipe Marquezelli )

O melhor de três abraços é juntar todos em um só!

Elas não tinham a menor ideia do que estava acontecendo. Ele estava chorando. Pillar abraçava Thiago, que desamparada, sem saber o que fazer olhava para Letícia que ainda estava estupefata com a cena. Thiago chorava incansavelmente. Jacque se aproximou, colocou sua mão sobre o ombro dele, tentou amparar com aquele toque, aquele simples e caloroso toque, todas as semanas que eles estiveram brigados. Pois agora mais do que nunca ele precisava de todas as três juntas.

A mão direita de Thiago repousava sobre o lugar que estava seu coração, apertava fortemente por sbre a camiseta, a dor era insuportável. Pillar o manteve sob seus braços, Jacque se aproximou mais e também o envolveu dentro dos seus, Letícia fez o mesmo gesto. As três o abraçavam, as lágrimas caiam no colo dele, e as três garotas o mantinha preso, sob os braços.

Jacque contava para Letícia o motivo do desespero de Thiago. O coração dele já não estava mais inteiro, depois de perder os pais ele logo precisava refazê-lo e tentou a cura através de uma garota, mas ela não lhe deu valor e acabou trocando-o, e ele sentiu-se além de traído, mutilado. Teve seu coração jogado fora, arrancado brutalmente e ele foi ferido mortalmente.

Letícia pediu um nome, o nome de quem fez isso, Pillar respondeu. Thalita. Letícia olhou para Thiago relutante, ela não parecia acreditar que algo tão novo pudesse ter feito aquilo com alguém que para ela sempre pareceu forte, que não se deixaria levar pelos sentimentos, ela se enganou. Ou talvez não, sempre soube que Thiago era uma ótima pessoa e se deixava levar facilmente.

Agora Thiago estava jogado nos braços das três melhores amigas que ele sempre sonhou ter, chorando como se ninguém mais os visse, nenhum dos outros alunos da escola, Thiago parecia não notar que todos olhavam para ele, e ele não se importava, seu coração não residia mais em seu corpo, estava em algum lugar qualquer, que ele jamais descobriria qual.

Thalita era amiga de Pillar e Letícia, mas agora, nada importava para as duas, apenas que Thiago se sentisse bem. Junto com Jacque o levaram para cima, para a sala de aula, e lá ele se silenciou, parecendo morrer por dentro, ficando mais sombrio do que antes, mas ainda chorando, copiosa e silenciosamente no colo das três. Ali ele se sentiu amado, no abraço das três, ele se sentiu em casa.

( Felipe Marquezelli )