Dualidade


Ódio. Realmente é uma palavra forte. Um sentimento forte. Porém verdadeiro. Me faz refletir. Me faz pensar. Eu o sinto tão intensamente como eu sinto o ar que eu respiro. Assim como a necessidade de amar alguém, há a necessidade de odiar alguém. Tenho meus motivos para ter tanto ódio.

Com certeza só odiamos as pessoas que somos capazes de amar. O restante somos indiferentes. No amor é assim. Há uma linha muito fina que separa o amor de ódio.

Tal linha é tênue, fina, trêmula, frágil, instável. Ela separa assim como junta os dois sentimentos mais fortes que se podem ter. O Amor e o Ódio constroem e destroem. São implacáveis. Definitivos. Fatais.

E me tragam todos os amores, mas me tragam junto às rosas que os ensine amar. E me odeiem também, quando precisar. Mas escondam as armas. E assim como o escuro só existe por existir a luz. O amor só existe pela presença do ódio.

E as coisas começam a fazer sentido. Apenas e apenas quando se tem um pouco de amor e ódio dentro de si. Aqueles que julgam amar incondicionalmente e irrevogavelmente uma coisa devem ser considerados loucos, insanos. A luz proveniente do amor é catastrófica sem a escuridão exercida pelo ódio. Não tem sentido um sem o outro. Um completa o outro e o outro completa o um.

( Felipe Marquezelli & Vinicius D’Ávila )

29 de Setembro de 2009 - Terça-Feira

Querido Diário

Estou sem escrever de sábado. Que coisa estranha. Nunca passei tanto tempo sem escrever. Foi difícil ficar aqui sem escrever nada. Não posso negar, foi chato. Estou bem mais alegre do que estava a uma semana atrás. Estou até rindo. Coisa que não fazia faz tempo.
Estou mais próximo de esquecer tudo. E é o que eu realmente pretendo. Estou me tornando um pouco mais diferente.
Não tenho muitas coisas para escrever. Não me aconteceu nada. Não exatamante a mim.
Só sei que estou prestes a me ver longe o suficiente que estou rindo.

Thiago Alves

26 de Setembro de 2009 - Sábado (23:05)

Querido Diário

Que dia infernal. Não consegui jogar realmente bem hoje. Fui goleiro e panz, como sempre. E não tive tanta facilidade assim como teria normalmente. Mas segunda-feira o jogo é na escola. Me sinto em casa lá. Mais do que em aqui em casa mesmo. Lá tenho meus amigos, o que não tenho aqui.
Não sei bem o que faço acordado agora. Mas estou indo me retirar. Quero poder sonhar. Acordado ou não. E ter minha própria vida. Meu próprio mundo.
B'noite!

Thiago Alves

Somos o que somos e não importa o que querem que sejamos


- A professora pergunta para a garota: de que você gosta? Ela responde: Gosto de português e história. E em seguida se vira para o aluno. E você? No que ele responde, espontaneamente: gosto de beijar garotos e garotas. Imaginou? O que aconteceria a seguir? Muito provavelmente, este aluno seria colocado para fora de sala, sem contar as gozações dos colegas depois de uma resposta como essa. Mas afinal, o que tem de errado e qual é a piada em se gostar de pessoas do mesmo sexo que você?


- Sempre aprendido na escola que garotos devem sempre gostar de garotas, e vice-versa, nunca se preocupam com a educação sexual que possivelmente ele tenha recebido em casa. Como por exemplo ser criado por dois pais, ou até mesmo duas mães. Nunca importa isso na escola, pois o certo é apenas "gostar" de pessoas do sexo oposto. E é "coisa do demônio" a homossexualidade.

- Mais uma vez, e como sempre, o erro está em querer padronizar seres humanos, seres tão complexos. Tomar decisões é um ato que, por essência, desagradará alguns e agradará os outros. O que dizer quando não se está decidindo, apenas obedecendo os sentimentos? Quem se acha no direito de padronizar os sentimentos dos outros deveria sofrer a tão antiga pena de talião. Gosta de fazer sexo com animais? Não? Ótimo. Por favor, você é obrigado a satisfazer aquela vaca, pode começar.


- Tomar as decisões pelos outros é fácil. Falar o que é certo é fácil. Mas o que seria certo? Seguir o que os outros padronizam como sendo o certo, ou seguir o que o seu coração manda fazer? Ter a absoluta certeza que nada importa sem ser o seu desejo é o mais correto que podemos dizer. Não podemos forçar os outros a fazerem o que nós queremos, assim como não queremos que eles forcem para que nós façamos o que eles querem. Como se sentiria um homossexual ao dizerem para ele que ele deveria parar de beijar e transar com os garotos que ele já pegou ou continua pegando e que a partir daquele momento ele deveria começar a pegar garotas, algo que ele sente completo nojo. Deveríamos respeitar a decisão dos outros, não importando se achamos certo ou errado. O certo é aquilo que queremos e acreditamos. O errado, o exato oposto.

- Na realidade, esta é uma discussão sem fundamento. Uma pessoa não é capaz de decidir por outra. Ninguém decide por quem se apaixona e isso não tem discussão. As coisas seriam mais fáceis se simplesmente as pessoas parassem com a péssima mania de tomar conta da vida das outras. Todos já têm problemas suficientes para quererem se envolver com os problemas alheios. Qual argumento seria forte o suficiente para convencer alguém a gostar do que não gosta? Nenhum. Já disseram por aí que há coisas que se assemelham ao gosto, e que "cada um tem o seu".


- E sempre tem alguém que vem e diz o que VOCÊ quer, o que VOCÊ sente, e ela não deixa nem você pensar no que realmente quer ou sente. Não tem fundamento uma coisa dessa. Não tem como e nem por quê forçar uma pessoa a gostar do que não gosta. Mesmo porque é humanamente impossível. Cada um é cada um e se este cada um está querendo realmente gostar de alguém do mesmo sexo. O que deveríamos perguntar era: "Você é feliz? Sim? Então continue sendo" isso sim é o que importa. A felicidade da pessoa. E não a sua sexualidade.


( Felipe Marquezelli & Álvaro Dyogo )

25 de setembro de 2009 - Sexta-feira

Querido Diário

Dormi fora de casa ontem, por isso não consegui escrever. Dormi na casa de um amigo meu. Só dormi lá por causa da irmã dele, ela é dois anos mais velhas e tava louca pra dar pra mim desde o ano passado. Os pais deles foram trabalhar e então durante a tarde (eu sai da escola e fui direto pra lá) rolou de tudo e mais um pouco. Ela é deliciosa. MAs não venho aqui apenas para falar de putaria.
Quero poder desabafar pois eu pensei que eu poderia deixar pra lá meu sofrimento e nãio tem como, cada segundo olhando aqui para o lado e apenas o silêncio me fazendo compania é horrível. Morando sozinho com 15 anos, sem ter seus pais pra brigarem ou um irmão para te encher o saco é deprimente. Acho que é por isso que passo tanto tempo fora. E o fato de não ter mais regras também é ótimo.
Amanhã Olimpíadas Escolares, vou sari de lá com uma menina do segundo colegial, os pais delas vão ficar com a irmãzinha dela enquanto ela joga, o jogo termina às 13h e ela falou que ia pra casa de uma amiga. Na verdade ela vem aqui pra casa.
Não sei o que pode acontecer. Ela é meio santa. Mas quem sabe se eu soltá-la ela não se torna pervertida. Seus desejos mais profundos amanhã serão realizados. Então, nos vemos amanhã à noite. Eu espero.

Thiago Alves

Nem todo final precisa ser um fim

( Thiago Alves )

Nem sempre eu preciso saber que o final está próximo para parar. Não nego que isto é um enorme erro. Pois nem todo final é necessariamente o fim. E isto eu venho comprovando a cada dia. Simplesmente quando o final do dia chega e ele pra mim não acaba. Pois aquilo que faço num dia eu continuo no outro. É um ciclo. E ciclos não tem fins, muito menos começos.

E enquanto eu continuo com meu ciclo, vicioso, as pessoas a minha volta, evoluem e prosseguem sem chegar a um final, mas também aos poucos se aproximam mais do fim do que eu. Eu tento viver todos os meus finais felizes, e não ponho o Fim em nenhuma de minhas histórias, pois assim eu posso um dia, quem sabe, tentar reescrevê-las.

Está na hora de mudar. Não pretendo mais parar no meio do processo. Não quero mais ser incompleto. Quero viver os meus finais felizes, ou até mesmo escrever um dia "e viveram felizes para sempre" mesmo sabendo que o sempre jamais irá chegar.

#whyilovejk

Por que eu amo Joanne Rowling?

Porque só ela me fez ficar imaginando como seria bom realmente estudar numa escola mágica. Porque só ela me fez ver e rever um mundo do qual eu jamais imaginei existir. Porque só ela conseguiu me fazer acreditar em magia. Porque até hoje eu espero minha carta. Porque até hoje em todo dia primeiro de setembro eu olho pela janela e imagino Às 20h como está sendo a seleção. Porque só ela conseguiu fazer uma nerd gostosa (leia-se Hermione). Porque só ela me fez querer usar uma roupa verde. Porque só ela me faz perder tempo jogando um RPG no orkut.

Porque eu já cheguei perto de alguem e falei Avada Kedavra. Porque eu já quis ter uma vassoura Firebolt. Porque eu já montei em uma vassoura e me imaginei numa Firebolt. Porque eu faço de varinha os galhos de árvore que encontro no chão. Porque eu jamais deixei de ler um livro seu. Porque eu não abandonei os velhos hábitos de Harry Potter.

Porque mesmo depois de ter crescido eu me vejo nos corredores de Hogwarts. Porque depois de tanto tempo eu ainda sonho com minha coruja branca e seu nome sendo Edwiges. Porque eu nunca parei de falar accio quando estava longe de algo que eu queria. Porque eu não parava sentado em um lugar enquanto eu estava lendo um de seus livros.

Porque só ela me faz perder tempo fazendo essa postagem. Porque só tenho motivos para agradecê-la. Por que só ela me fez ler um livro de 500 páginas aos 11 anos. Porque um livro de 500 páginas é realmente pequeno. Porque não tenho palavras para descrevê-la.

( Felipe Marquezelli )

Não-Vivente


"Pensei que houvesse esperança, que em algum lugar bem no fundo, algo em Damon continuasse humano, normal. Mas estava errado. Não resta nada humano. Nenhuma bondade, nenhuma gentileza. Nenhum amor. Apenas um monstro que precisa ser exterminado."

(Stefan Salvatore)

Mesmo muito de vocês não conhecendo Damon Salvatore, acredito, que tenham visto nele algo que tenha lembrado um pouco a mim. Ou não. O fato de não ter sentimentos humanos, eu consideraria igual, ou ao menos, parecido comigo, mas nas atuais circuntâncias, não me considero inumano. Mas sim há um pouco de Damon Salvatore em mim. Não tenho mais a bondade e nem a gentileza que tivera em outrora. Mas é possível que bem lá no fundo eu ainda seja, ou tenha, um lado humano.

Não sou um monstro. Não preciso ser exterminado. Pelo menos eu acho que não. A minha inumanidade é diferente. É quase angelical e não mais bestial. Por muito me considerei um vampiro. E ainda continuo a me ver como um. Porém não tenho mais tanta sede por sangue (mentira) e nem de vingança (mentira) ecreio que sou realmente diferente. Eu acho.

Por outro lado ainda me resta o amor. Mais humano que tal sentimento não tem. O sentimento mágico que é capaz de nos permitir fazer as coisas mais imbecíeis que o mundo já viu. Como simplesmente abandonar tudo e partir para longe.

Espero ser meio humano, meio vampiro. Meio anjo, meio demônio. Pois assim é o que me parece aos meus olhos. Um ser vivendo-não-vivente. Marcado.

( Felipe Marquezelli )

23 de setembro de 2009 - Quarta-feira

Querido Diário

Acabei de chegar em casa. Uniforme na mala, calça jeans, camiseta de balada. Sim eu não fui pra escola, estive o dia inteiro fora. Acabei adormecendo na casa de uma mina que eu peguei, os pais dela estavam viajando e foi noite a dentro, vim correndo pra casa pois eu tinha que pegar a matéria do dia. Cheguei em casa e acabei vendo que meu celular estava aqui, tinha 42 mensagens a serem lidas. Respondi todas via scrap. Acabei de saber também que a prova de hoje foi adiada para amanhã, então não terei que pagar substitutiva. Todos pensaram que eu havia me matado. Pois eu nunca largo meu celular e eu não o estava respondendo. Foi tão divertido. Pretendo fazer isso de novo.
Passei o dia inteiro sem pensar nenhuma vez na morte dos meus pais, e agora que estou falando, me sinto um pouco mais leve. Sim eu estou rindo da morte de meus pais, não sei bem o motivo, mas sim eu estou enlouquecendo.
Enfim volto a ter motivos para sorrir e é o que eu mais faço, principalmente na hora do sexo, foi animal, delicioso, incomparável. Acho que por ela estaríamos metendo até agora, ela não parava. Fiz ela chegar ao orgasmo inúmeras vezes, foi tão bom.
Me sinto completamente feliz. Estou de volta aos meus dias de putaria.

Thiago Alves

Não sei o que escrever


Fiquei muito tempo a pensar no que poderia escrever. Estava com uma vontade louca e desenfreada para poder começar a escrever. Cheguei a começar uma poesia, sem sentido, sem nexo, sem cor, sem motivo. Escrevi um texto sobre o caminho que eu fiz, e decidamente não tinha motivo para postá-lo. Eis que me surgiu a idéia de falar justamente do motivo de eu não ter idéias para escrever. Não sei se isto é uma idéia ou apenas uma reflexão. Mas sim, pretendo fazer essas linhas se tornarem um texto. Não sei o motivo, nem o quanto vou escrever. Mas sei que pretendo não encher linguíça ou ficar aqui, apenas escrevendo, sem dar razão ou motivo, o que estou fazendo agora, e você, meu caro amigo, está perdendo seu tempo lendo o resto dese parágrafo que não terá mais nada de relevante.

E finalmente o parágrafo mais chato do texto acabou assim como minhas idéias para enrolar o leitor. Então terei que recorrer à artifícies desagradáveis como tentar justificar o motivo de ter acabado os outros motivos. E eu decididamente não sei nem por onde começar. Tudo bem eu comecei, mas não sei como fazer chegar a um fim.

Não eu não vou por a palavra fim e terminar escrevendo felizes para sempre, pois isto não é um conto de fadas, e se fosse seria o conto mais sem graça de todos. Não tem sentido e realmente não teria graça.

Palavras vazias assim não mereceriam uma postagem no meu blog, mas eu gostei tanto de falar asneiras que pretendo fazer isso sempre. Tá bom eu faço isso desde Dezembro do ano passado. Enchendo o saco do povo que vem aqui ler, e que hoje não me acompanham mais. E decididamente eu não sei como fazer pra voltarem a me seguir.

Enfim está quase acabando e estou preparando um final impactante, como por exemplo uma palavra bem forte, como merda, puta que me pariu, ou coisas desse gênero. Mas eu ainda pretendo enrolar mais um pouquinho.

Agora vamos ao meu último, ou não, parágrafo. Pretendo escrever neste parágrafo as coisas mais sem noção que possam vir a minha mente neste exato momento, como por exemplo este texto em si ou apenas blábláblá, mas eu pretendo fazer com que este seja um final eletrizante, emocionante e que vocês queiram me bater, depois de tudo isso que eu escrevi, não tendo nexo e muito menos vontade de continuar a ler o meu blog. Sim este é o fim.

( Felipe Marquezelli )

22 de setembro de 2009 - Terça-Feira

Querido Diário


Hoje, depois de tanto tempo, eu voltei a sorrir. Tive motivos para tal feito, inédito! Creio que aos poucos começo a demonstrar as marcas da superação.
Desde a reunião que teve aqui em casa para saber o meu destino e o de meu irmão, eu não o vejo. Sinto sua falta.
Desculpe se estiver errando ou do nada vier uma letra que não dá para reconhecer, pode ser por quê as lágrimas estejam me impedindo de ver o que digito.
Acho que como eu disse, não tem muito mais sentido eu continuar a digitar, espero um dia voltar aqui e escrever meus grandes feitos, estou a muito tempo sem ficar com ninguém, está decidido, hoje a noite vou pra balada e vou direto pra escola.

Thiago Alves

21 de setembro de 2009 - Segunda-feira

Querido Diário

Acho que aos poucos me afastei de você. Não digo quase mais nada a você, meu confidente. Eu simplesmente deixei-me fugir para um outro mundo. Abandonei o meu mundo antigo. Perdi muito tempo.
Não é segredo para ninguém que depois da morte dos meus pais eu mudei muito. Acabei me afastando de tudo e de todos. Perdi tempo fazendo isso. Me afastei dos meus amigos e de quem me queria realmente bem.
Acho que juntas foram as maiores perdas da minha vida.
Não sei muito bem o que ainda faço escrevendo aqui, se bem que não tenho muito mais motivos para continuar, mas digo que não perco meu precioso tempo escrevendo se realmente não necessito disso.
Preciso mais de um confidente, de um parceiro , do que de uma família.

Thiago Alves

18 de setembro de 2009 - Sexta-feira

Querido Diário

Para começar gostariar de dizer que estou muito arrependido do que fiz hoje. Troquei hoje o conforto e o carinho dos meus verdadeiros amigos, por falsas palavras de afeto de pessoas que eu menosprezo. Acho que perder meus pais de fato não me foi muito benéfico. Novamente passei o dia inteiro fora, fiquei sentado no banco de uma praça olhando o céu e vendo os formatos das nuvens. Depois, novamente, fui para o jogo junto com a Patrícia, com a Mariana e com o Marcelo Navan. Hoje não posso negar defendi realmente bem, porém paguei um preço caro, (o dedo ao lado do dedinho da mão esquerda, está doendo, tenho plena convicção que ele está luxado), mas de resto foi um jogo divertido, tivemos altos ralis durante a partida, Marcelo chego a chutar cinco vezes em direção ao meu gol, eu defindi todas. Estou de fato voltando para minha boa forma.

***
Querido Diário, novamente
Queria poder dizer mais algumas coisas à você, antes deu ir me deitar. Minha casa está um pleno silêncio, obviamente, estou sozinho. E pela primeira vez tenho medo dessa solidão. Acho que nunca quis tanto ter meus pais quanto queria agora. Me disseram que grito enquanto eu durmo, coloquei um gravador do meu lado, e de fato eu fico pedindo para meus pais voltarem, não sei por quê, jamais quis ter uma relação de amizade com eles e hoje parece que perdi meus melhores amigos. Não nego que sinto muito a falta deles, mas pensei que eu conseguiria amenizar com o tempo. Coisa que depois de poucos dias, não consegui. Me pergunto agora: quando eu vou esquecer completamente meus pais?
Thiago Alves

O meu novo baile de máscaras


Foram as minhas escolhas que me fizeram usar tantas máscaras. Como eu disse a um tempo atras, eu cheguei a perdê-las, para uma única pessoa. Hoje, porém, eu recuperei e estou pronto para ver elas caindo, uma a uma, as máscaras que incorporaram o meu rosto e se tornaram tão febrilmente parte de mim. Sem estas máscaras eu não seria mais eu mesmo. Eu sou o dono das máscaras. Eu sou uma máscara.

Neste baile, onde trocamos de máscaras apenas em poucas ocasiões, eu me porto diferente para cada um a quem me dirijo. Tenho que tem cartas nas mangas, no caso, máscaras no rosto.

Ser o responsável imediato pela organização deste baile de máscaras é uma tarefa fácil, seria só como vestir apenas mais uma máscara e dizer a todos que eu estou perfeitamente bem. Mas quem me dera ser assim tão fácil.

São poucas as pessoas com quem eu convivi que souberam reconhecer o quão diferente eu era por de baixo das máscaras, acho que chego a contar nos dedos das mãos. Porém hoje mais do que nunca é necessário bailar com máscaras, e a cada momento trocar, mesmo depois do baile, quando estou apenas eu e estes a quem já me viram sem máscaras.

Não é tão fácil sair de tras das máscaras. Requer muito controle. Tirar uma máscara de mim é como tirar meu próprio rosto.

( Felipe Marquezelli )

"Eu conheci uma garota."


"Quer saber do que me arrependo? Eu conheci uma garota. Nós conversamos. Foi épico. Então o sol saiu e a realidade disse que tudo isso é real. Bem aqui."
(Stefan Salvatore)

Posso dizer e repitir com convicção a frase espetacular de Stefan. Quer saber do que me arrependo? Eu conheci uma garota. Nós conversamos. Foi épico. Então o sol saiu e a realidade disse que tudo isso é real. Bem aqui.

Não posso dar com exatidão o motivo pelo qual escolhi esta frase, entre outras maravilhosas que eu ouvi e li neste incrível episódio. Mas creio que todos a quem verem esta frase e me conhecerem bem saberão o motivo, tanto quanto a pessoa a quem me dirijo ao dizer "Eu conheci uma garota".

Ela não é apenas uma garota, ela é o sol do meu dia, a lua que faz as estrelas cintilarem. Ela nada mais é do que o motivo pelo qual eu me porto desta maneira.

Somos todos mortais, mas o sentimento que nos une é imortal.

( Felipe Marquezelli )

17 de setembro de 2009 - Quinta-feira

Querido Diário

Acabei de chegar em casa, fiquei o dia inteiro fora para aliviar minha cabeça. Muitas coisas aconteceram nestes ultimos dias e eu não sei muito bem como reagir a elas.
Queria poder dizer que não vou me abalar pela perda dos meus pais. Mas seria mentira. Queria poder dizer que não iria me abalar pela falta que meus irmão vai me fazer. Mas seria mentira.
Eu decidi viver diferente. Teria que me fazer de forte. Hoje na escola eles souberam que meus pais morreram. Não pude guardar segredo. Perguntaram-me mil vezes se eu estava bem. Menti em todas dizendo que sim.Não sei se eles chegaram a perceber que eu menti, espero que não tenham percebido. Sempre passei como um garoto frio e sem emoção. Quero continuar passando as mesmas impressões.
Acho que minha lágrimas não podem mais existir. Está na hor ade secar os olhos. Erguer a cabeça. Seguir em frente.

Thiago Alves

16 de setembro de 2009 - Quarta-feira

Querido Diário

Agora fazem exatas 24 horas da perda dos meus pais. Estou sentado sozinho em casa. Está um silêncio anormal. Mortal. Mais cedo, juntaram-se meus dois tios, minha tia, minha vó, a madrinha do meu irmão e a minha madrinha. É claro que eu estava junto. Decidimos o que será feito comigo e com meu irmão, sem recorrer a justiça, e foi decidido que meu irmão vai ficar com a madrinha dele e eu vou continuar aqui, sendo ajudado pela minha madrinha, pois ela mora no andar de baixo. Meus pais tinham feito um testamento onde deixavam tudo para mim e meu irmão. Minhas lágrimas ainda escorrem. Acho que não vou me acostumar e quem sabe o que mais pode me acontecer.
Meu irmão vai chegar em casa chorando é claro, hoje ele teve prova, teve que ir pra escola. Assim que chegar vai morar com a madrinha dele, e eu vou me acostumar a viver no silêncio, no escuro, sozinho.

Thiago Alves

15 de setembro de 2009 - Terça-feira

Querido Diário

Acho que não sei o que é ficar tão triste assim faz um bom tempo. Minha vida não teve tantas histórias fascinantes, mas histórias tristes eu tive de monte, e fazia tempo que eu não protagonizava uma. Acho que pela primeira vez vou descrever o meu fracasso tão evidente que não serei como contar de uma forma Thiago de escrever, terei que recorrer a outras escritas, para poder descrever com exatidão a imperfeição do meu dia. Não isso não se cham pessimismo e sim realismo.
Hoje perdi meus pais em um acidente de carro, estou agora responsável por um irmão mais novo, bem mais novo, um cachorro e uma empresa. Não sei bem como vou fazer para administrar a minha vida, isso é se for possível ter uma de agora em diante.
Minhas lágrimas estão quase secas. Tenho que me fazer de forte. Meu irmão tem só 6 anos e eu 15, tenho que me portar diferente agora. Ser um adulto.
Acho que meu irmão vai ficar com a madrinha dele, e eu vou continuar aqui, vivendo sozinho, tem que ser assim, apenas eu e o Aal.
Meu irmão já me odeia mesmo, não sentirá minha falta.
Talvez eu tenha que aprender a viver sem ele, mas isso eu posso resolver.

Thiago Alves

(100ª Postagem) 14 de setembro de 2009 - Segunda-feira

Querido Diário

Ontem foi para mim um grande porre. Não quero entrar em detalhes, mas acredito que tenha sido um dos piores dias do ano. Mas ontem foi ontem e hoje tenho algumas coisas à contar. Talvez seja por isso que estou tão feliz. Novidades. Não vou contar todas, mesmo por que logo mais tenho aula de dança, mas posso dizer que finalmente encontrei alguem com quem compartilhar uns poucos segundos de felicidade por dia, antes da aula, encontrei um cachorrinho na rua, o coloquei na mala e o levei para escola, agora ele está sentado no meu colo enquanto eu escrevo, sua cabeça encostada na minha barriga. Estou muito feliz, alguém que posso abraçar, sem ser o meu diário e alguem que por incrivel que pareça eu sei que me ama.
Minhas lágrimas de tristezas dos ultimos ans foram secadas por este pequeno e adorável husky siberiano que já me identifiquei e tem o nome que eu mais gosto (Aal) em homenagem ao meu melhor amigo Álvaro, do Paraná.
Queria poder escrever o dia inteiro como seu pelo branco e preto se mescla dando um efeito lindo, como seus olhos azuis são imensamente fantásticos e com oeu me sinto quentinho quando estou com ele.
Acho que é só, então, estou tão feliz por ter um cachorrinho!

Thiago Alves

Mudanças

"Querido diário, não poderia estar mais errada, pensei que poderia sorrir e aguentar o dia, fingindo que está tudo bem. Eu tenho um plano. Quero mudar quem eu sou. Ser uma pessoa nova. Alguém sem um passado: sem a dor. Alguém vivo... Não é tão fácil. As coisas ruins continuam com você, e o seguem. Não tem como fugir, por mais que queira. Tudo que pode fazer é ficar pronto para o bem. E quando vier, o convide para entrar. Você precisa. Eu preciso. "
(Elena Gilbert e Stefan Salvatore)


É com esta pequena-grande reflexão que eu começo a escrever sobre um dos meus desejos, a minha própria mudança.

Quero mudar, coisa qual eu até hoje não fiz em grande escala. Todos dizem que eu mudei, seja para melhor ou para pior, e eu concordei tantas vezes sem perceber que na verdade eu não havia mudado. Hoje eu tento mudar, me tornar alguém vivo.

Quem leu o que está escrito acima, poderia até pensar que eu havia o escrito, mas eu jamais poderia dizer com tantas palavras concretas sobre a mudança que eu queria. Mas eu não posso negar, eu queria ter escrito.

Mudei parcialmente minha vida, mas não mudei meu modo de agir. Mudei minha maneira de ver o mundo, mas nem se quer cogitei fazer parte dessa minha visão.

( Felipe Marquezelli )

12 de setembro de 2009 - Sábado

Querido Diário

Acho que eu não deveria escrever hoje, pois não tenho realmente o que contar. Gostaria de me desculpar de verdade, mas a culpa não é minha. Estou escrevendo agora durante o jogo do meu tricolor, to em casa, não pude ir no Morumbi hoje, mas no próximo jogo em Ribeirão Preto eu vou.
Não tenho muito mais para contar, de verdade.
Ah eu lembrei, hoje eu chorei muito. Não me pergunte o por que, não lembro o motivo, acordei chorando, e acabei me esquecendo do meu sonho.

Thiago Alves

11 de setembro de 2009 - Sexta-Feira

Querido Diário

Hoje foi um dia normal, como todos os outros. Estou escrevendo apenas para expressar alguns pensamentos que tive ao longo do dia, inclusive no jogo (do qual, acabei de voltar).
Não são muito importantes, nem ao menos relevantes com o que venho contando à você, meu amigo diário, mas eu não podia deixar passar em branco o que eu presenciei hoje, na verdade foi uma cena típica, nada de anormal, na qual eu já vi inúmeras vezes mas me fez pensar novamente se eu era apenas como um irmão pra ela, ou se eu queria algo a mais, mas eu sei que somos perfeitos sendo irmãos, eu tenho o meu relacionamento, o qual eu não sei viver sem, e estou feliz com ele.
Chueguei a conclusão que eu não sou um bom jogador-goleiro, quando fui exigido eu fraquejei, quando eu não podia errar, eu errei. Tá certo, jogos desse estilo eu não jogo fazem mais de 10 meses, mas mesmo assim, eu não poderia ser um jogador pífio como fui hoje. Para tanto, estarei me retirando de atividades esportivas, tanto quanto for possível.
Depois eu cheguei a conclusão que tenho que parar de ser egoísta e pensar um pouco mais em mim mesmo... Sempre pensei pelo bem dos outros, está na hora de mudar.

Thiago Alves
( Nunca escrevi mais como Felipe Marquezelli neste diário, este post por tanto deveria ser de outro autor )

10 de setembro de 2009 - Quinta-Feira

Querido Diário

Voltei pra SP agora. Estava estudando no avião para minha prova de Física amanhã quando me veio a mente: 'Pra que estudar?' parei na hora e comecei a dormir, tive um sonho engraçado, eu estava caíndo do avião e de repente minha amiga aparecia do meu lado comendo um pedaç ode bolo e me oferecendo, eu comi o pedaço e me deu diarréia... Voltando aao avião, eu acordei na hora que o avião pousou, e vim aqui para casa.
Agora deixa eu contar um pouco do meu dia de ontem. Eu tava no hotel da seleção brasileira, ou seja to com autógrafos de todos os jogadores na minha camisa amarelinha, fiz amizade com o Miranda do São Paulo, to super feliz. Depois ele me apresentou ao André Dias, e também me tornei amigo dele.
Tive que deixar o hotel duas horas antes do jogo, na verdade eu fui expulso, deu uma baita briga que não saiu na imprensa, não entre os jogadores, mas entre alguns dos hóspedes, e é claro, eu tava no meio, e então fui expulso do hotel e fui para o estádio 2 horas antes do previsto. Acabei parando no Shopping no caminho e comprei um boné novo, e acabei ficando sem dinheiro para jantar, fui comer só agora pois já que fui expulso, não tinha onde passar a noite e fiquei andando o dia inteiro até chegar no aeroporto.
Durante o jogo eu gritei tanto que to rouco até agora. Fui cantado por um cara com a camisa do Corinthians (sim ele era viado) e eu pensando que meu dia poderia melhorar, assim que eu sai do estádio fui cantando por um outro, desta vez com a camisa do Flamengo, e dia de sorte.
Na madrugada fiquei na rua andando por Salvador, meu all star quase todo quebrado, mas beleza. Tive que trocar de tênis no meio da rua, sorte a minha que só levei uma mochila de costas, a mesma que eu uso na escola, e lá tinha tudo que eu precisava.
No aeroporto pensaram que eu fosse gringo e ficaram falando inglês comigo eu respondia e ia enganando todo mundo, já que sei um pouco de alemão também, falava que era alemão e ficava conversando em inglês, muito mal por sinal, na pura interpretação.
É acho que foi só, Diário, té mais ;)

Thiago Alves

We'll be together (forever)


As palavras não tem muito sentido quando escritas separadamente. O amor é igual, não tem sentido quando se separado da pessoa amada (emocionalmente, é claro).

Existem amores separados pela distância (como o meu e dela), pelo tempo, pela raça, pela cor, pela religião. Mas não existe amor separado pelo sentimento, não existe amor sem reciprocidade.

O que seria de mim sem ela?

Há poucas probabilidades de que todo mundo entender o que eu sinto. Creio que nem mesmo eu entenda perfeitamente. Só sei que é real. Mágico.

Magia essa encantadora. Surreal. Incrível. Mas o meu sentimento por ela cresce cada segundo mais. Meu amor não tem dimensão. O tamanho do universo foi meramente comparado ao meu amor por ela, pois o 'Universo é pequeno perto do meu sentimento'.


O Amor é uma forma estranha de magia. Estranha mas linda. Linda e encantadora. Encantadora e por muitas vezez, perfeita.

( Felipe Marquezelli )

8 de setembro de 2009 - Terça-Feira

Querido Amigo Diário

Hoje não tenho paciência pra escrever, acabei de chegar em Salvador, to no Hotel. To subindo ;)

Thiago Alves

Conto de Fadas

Cinderella. Branca de Neve. Peter Pan. Tinker Bell. São nestes e outros contos de fadas que eu me inspiro ao viver a minha vida. Não sei se ela vai ter um final feliz. Mas juro a vocês que tenho motivos para dizer que aos poucos minha vida poderia ser transformado em um desses livros que se le para as criancinhas antes de dormir, a qual nós chamamos de Contos de Fadas.

Não eu não encontrei a Princesa Encatada (ainda), eu não fui morar na Terra do Nunca (ou será que já moro?), eu não encontrei 7 anões (não, o pessoal da minha sala não são anões). Mas eu estou vivendo esta minha vida (medíocre e maldita) como se fosse um Conto de Fadas.

Aos poucos eu já aprendo a sorrir e a ver a beleza das coisas. Aos poucos eu vejo que nem tudo é o que parece ser. Aos poucos eu percebo que minha vida é sim um Conto de Fadas.

Eu não fui um Príncipe, muito menos Encantado. Eu não tenho Fada Madrinha e também não vivo em um Castelo. Os animais não falam comigo e eu também nunca vi uma árvore que se mexesse. Só que...

Eu comecei a acreditar e a ter esperança. Eu vi o mundo do jeito que ele é (terrível e enganador) e aprendi a superá-lo. Eu sonhei em ser feliz e estou sendo, agora eu sonho com o meu amor verdadeiro e já estou lutando para tê-lo.

Se a minha vida ainda não é um Conto de Fadas. É pelo menos uma história fascinante!

( Felipe Marquezelli )

7 de Setembro de 2009 - Segunda-feira (Feriado)

Querido Diário

Gostaria de me desculpar por não ter escrito ontem, estive meio ocupado pois ontem viajei para BH (fui ver o jogo do São Paulo lá no Minerão) cheguei exatamente agora e vim contar algumas das poucas novidades que eu tenho. Para começar eu gostaria de dizer que o Minerão tava um show, Marlos e Borges arrebentaram. Agora é sério, sobre a minha vida (desgraçada) tive um sonho muito esquisito hoje, eu sonhei que estava no meu próprio enterro, foi estranho. Mas isso não tem nada de importante. Ontem, enquanto eu assistia o jogo lá no Minerão, meio que tirei o meu atraso de dois dias sem beijar nenhuma menina, pois fiquei com a Jéssica. Ela estava no mesmo hotel que eu, então acho que você pode imaginar o que aconteceu no nosso quarto...
Hoje é feriado, então está um puro tédio, mas vou adiantar que talvez não escreverei nem terça e nem quarta, estarei indo para Salvador ver o jogo da Seleção Brasileira e aproveitar e conhecer uns amigos da Internet, então só volto na Quinta, mas por lá tem Lan House, então talvez eu escreva e me mande por e-mail.
Acho melhor eu parar de escrever, toda minha família já está aqui do lado, quase lendo, então, fuiz-me ♥

Thiago Alves

O meu, único, Romance

Faz parte do meu sonho, um romance a qual eu quero viver e quem sabe jamais deixar de reviver, a cada dia, a cada hora, a cada minuto, obviamente, ao seu lado.

Não sei se certo ou se é errado, mas sonhar acho que não é pecado. Querer viver um romance não deve ser de todo um modo, um sonho; ele não saiu da rede ainda, mas irei lutar para trazê-lo para a vida real.

Buscar um romance longe, através da internet, onde nada importa sem ser ela, onde cada segundo perdido é cada segundo sem ver que ela está on no eme.esse.ene.

Já disse muitas vezes que não tinha nexo eu viver, mas desta vez eu gostaria de pedir que esquecessem tudo que eu disse, pois eu gostaria de viver, o tempo suficiente de por em prática o romance da internet, e transformá-lo em um romance de verdade.

Querer cada dia mais eu quero viver, cada dia mais eu me vejo mais próximo do meu sonho, cada dia mais vejo que o meu mundo sem cor fica colorido, meu mundo quadrado muda de forma, minha história começa a ser escrita em tinta permanente.

' O homem só é homem quando sonha ' e eu ' Só serei eu quando realizar este meu ultimo sonho '.

( Felipe Marquezelli )

5 de Setembro de 2009 - Sábado

Querido Diário

Eu ia escrever ontem quando eu cheguei da festa, mas eu tava morto de cansado e ainda estou, ou seja não consigo lembrar muito bem o que eu fiz!
Não tinha ninguém da minha idade, ou seja, não fiz nada.
Comi bem pra caramba e só também, de resto eu não fiz mais nada!
Sem mais o que escrever, hoje tem jogo da seleção posso depois te narrar como foi o jogo, isso é, se eu lembrar!

Thiago Alves

4 de setembro de 2009 - Sexta-Feira

Querido Diário

Apenas mais um dia monótono, não tenho o que escrever, por tanto vo uapenas dizer que hoje vou para uma festa, e amanhã conto os detalhes!

Thiago Alves

Os meios não importam aos fins.


Tudo tem um fim. Sejam as coisas boas, sejam as coisas ruins, seja a nossa vida. Tudo acaba, não importando o que a gente fez, ou o que deixamos de fazer. Os fins não justificam os meios, e nem o contrário!

A mais alta árvore perece durante o tempo. Seu fim é inevitável. O mais forte guerreiro morre perante a força do imbatível tempo. Seu fim é inevitável. O sábio mais sagaz emburrece com o tempo. Seu fim é inevitável.

Por mais que lutemos, guerreamos e batalhemos, nossos fins são inevitáveis.

Nada que fizémos pode alterar isso! Nossos atos ficam para o passado, alguns entram para a história, outros para um museu, e outros apenas ficam nas memórias dos viventes que presenciaram um ato pequeno grandioso.

Nossas atitudes, atos e escolhamos são o meio da história, e este meio não justifica o fim, pois é o fim mais doloroso que existe: a morte.

Um final feliz não depende do fim, depende do meio, faça sábias escolhas, tome as atitudes certas, faça parte da história, pois só assim o fim terá um sentido decente e o meio terá uma boa história a se contar!

( Felipe Marquezelli )

3 de setembro de 2009 - Quinta-Feira

Querido Diário

Novamente escrevo durante a aula de Português, mas desta vez é de Literatura. Hoje me aconteceu a pior merda do ano. Saindo de casa, fui acertado por uma bela merda de pombo no boné de 200 reais, quase matei o pombo. Voltei correndo para pô-lo para lavar, porém, ao longo do caminho, pisei na merda de um cachorro, tendo que por meu All Star de 120 reais para ser limpo, também. Peguei meu boné da Hang (de quase 200 reais, também) e meu tênis da Reebok (de mais de 200 dólares, comprei na minha viagem à Argentina, depois posso contar como foi, ainda me lembro bem).
Cheguei atrasado na aula, literalmente culpa dessas merdas!
Neste exato momento, estou vendo Arcadismo.

***
Querido Diário
Acabei de acordar, estou na aula de Química, logo depois da aula de Literatura, estou quase dormindo também. Jacque me mantém acordado, covnersando comigo.
***
Amigo,
Sim já te chamo de amigo, pois foi isso que você se tornou. Terminou o dia! Cheguei em casa, almocei e já Twittei!
Vou lhe confessar uma coisa, cada vez mais eu amo a Melissa, mesmo ela morando longe de mim! Quero ela perto de mim, quero ela só pra mim!
Thiago Alves

Eu e Minha Casa

Às vezes eu me pergunto o porquê de ter vivido tanto tempo preso em uma casa. Não chego nunca ao que chamam de resposta, mas me vêm outras perguntas à mente, como por exemplo: ‘Onde eu poderia ter passado se não em casa?’, ‘Por que eu não abandonei tudo e simplesmente fugi?’. Acho que nunca saberei as respostas para estas perguntas.
Não importa as perguntas, nem as respostas, apenas que eu vivi! Trancado em casa nessa adolescência passageira e que julgo ao menos, a minha, amaldiçoada! Por jamais ter quem me amasse ao meu lado, e tendo as oportunidades de abandonar tudo e jamais ter abandonado.
Não tem sentido ir em frente! Mas por que viver assim? Também me faço essa mesma pergunta!
Mas deixando de lado o meu sentimentalismo, vamos falar um pouco da minha casa! Ela não chegou a ser um lar, por mais que os outros digam, não posso chamar minha casa de lar, ela não pertence a mim! Não tenho muitos motivos para concordar em acreditar que seja um lar, não fui feliz nesta casa tão pouco procurei a felicidade. Acho que ter pais, mas ao mesmo tempo não os considerar seus pais, tenha ajudado na decisão de não considerar a casa em que vivo: o meu lar.
Felicidade, ternura, alegria, são coisas que não encontro aqui, vão dizer que posso pelo menos ter desejos, e sonhos, sim eu tenho, e é abandonar tudo isso!
Não tem sentido ir em frente! Ta bom, agora eu tenho, mas ele mora longe, e vou continuar essa minha adolescência amaldiçoada, com pessoas que eu convivo, amo e ao mesmo tempo odeio (a quem chamo de família), para um dia poder quem sabe chamar este lugar de lar e vir morar com quem eu amo.

( Felipe Marquezelli )

2 de setembro de 2009 - Quarta-Feira

Querido Diário

De ontem até agora, que estou escrevendo, não me aconteceram muitas coisas, talvez a coisa mais excitante foi o meu tombo no banho onde eu bati a testa e a perna, to com um baita corte na perna, sangrou muito e na testa alguns arranhões, mas de resto eu to bem, não sei o que eu posso fazer muito mais, mas estou levando , cansado e em puro tédio.
Detalhe: A Escola hoje foi um pouco melhor, falei com a Brenda e me diverti com a Jacque e com a Pati

Thiago Alves

1º de setembro de 2009 - Terça-Feira

Querido Diário

Hoje eu tive um péssimo dia. Patrícia está meio triste; Jacqueline também. Não falei com a Brenda, hoje.
Estou escrevendo durante a 5ª Aula, de Gramatica. Ou seja, se eu escrever errado é porque a professora está vendo. Prometi contar como o meu dia foi, ou melhor, a minha noite foi. Não posso negar que estou gostando das aulas de dança, mas podia ter alguma mina da minha idade.
Cheguei em casa cansadão, comi e vi filme.
Logo depois da aula de hoje, vou no shopping me encontrar com a Gabi, de lá a gente vai para minha casa, se algo acontecer eu contarei, mas acho que não, independente vou escrever novamente.

Ps: Ainda não acredito que tenho Diário.

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Querido Diário

Acabei de chegar em casa, Rita está no banheiro e eu aqui escrevendo, não vai ter muito tempo agora para eu contar tudo, mas me diverti pakas.
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Meu Diário

Rita foi embora agora, então aproveitando que meu irmão e que minha mãe ainda não estão em casa, estou escrevendo aqui novamente, tenho que contar como foi o meu dia, depois da escola, bem, assim que entrei no ônibus, eu comecei a conversar com uma garota de um colégio aqui perto do meu, ela também ia encontrar um amigo dela no Shopping, então fomos conversando e acabamos ficando.
Descemos juntos e fomos juntos até a Saraiva, o ponto de encontro de todos os rolês. Então a gente chegou lá e lá estavam a Gabi e o Marcos, amigo da Rita, a garota que eu fiquei, aproveitamos o embalo e andamos os quatro juntos, obviamente Gabi e Marcos perseberam o clima entre eu e Rita, e acabaram ficando também, só que no cinema, obviamente no canto esquerdo, já que o direito estava ocupado por nós (Eu e Rita).
Depois do cinema, fomos andando até a casa do Marcos, que era ali do lado, voltamos e pegamos o busão, Gabi desceu uns 5 pontos depois porque ia na casa da prima (Day) e eu e Rita continuamos e acabamos ficando novamente (Mas você vai se lembrar que meu falei que a Gabi vinha aqui em casa, ela acabou cancelando pois a Day ligou pra ela pedindo para que ela a ajudasse com a roupa da festa de hoje a noite na escola delas), ela veio aqui em casa, e não posso entrar em muitos detalhes, mas ela é muito boa de cama.
Então, estou cansado, vou me retirar e ir dormir...

Thiago Alves