Dualidade


Ódio. Realmente é uma palavra forte. Um sentimento forte. Porém verdadeiro. Me faz refletir. Me faz pensar. Eu o sinto tão intensamente como eu sinto o ar que eu respiro. Assim como a necessidade de amar alguém, há a necessidade de odiar alguém. Tenho meus motivos para ter tanto ódio.

Com certeza só odiamos as pessoas que somos capazes de amar. O restante somos indiferentes. No amor é assim. Há uma linha muito fina que separa o amor de ódio.

Tal linha é tênue, fina, trêmula, frágil, instável. Ela separa assim como junta os dois sentimentos mais fortes que se podem ter. O Amor e o Ódio constroem e destroem. São implacáveis. Definitivos. Fatais.

E me tragam todos os amores, mas me tragam junto às rosas que os ensine amar. E me odeiem também, quando precisar. Mas escondam as armas. E assim como o escuro só existe por existir a luz. O amor só existe pela presença do ódio.

E as coisas começam a fazer sentido. Apenas e apenas quando se tem um pouco de amor e ódio dentro de si. Aqueles que julgam amar incondicionalmente e irrevogavelmente uma coisa devem ser considerados loucos, insanos. A luz proveniente do amor é catastrófica sem a escuridão exercida pelo ódio. Não tem sentido um sem o outro. Um completa o outro e o outro completa o um.

( Felipe Marquezelli & Vinicius D’Ávila )

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